quinta-feira, 21 de abril de 2011

O ramo


Breves momentos que me levam a lutar.
Lutar por ti, lutar sem ti.
Aqui estou, fechada, enclausurada nesta bruma que ofusca o meu ser, a minha alma.
Procuro incessante uma presença tua. Uma presença do que foste para mim, do que significaste para mim.
A teus pés eu me deito. A teus pés eu imploro.
Imploro que voltes.
Porque me deixaste assim!?!?!
Já nada que faça, te faz voltar atrás, te faz voltar para mim.
Cheguei tarde. Tão tarde!
Agora, aqui estou! Aqui estou deitada a teus pés. Desejando ter-te.
Uma luta feroz que irrompe o meu ser.
Uma lágrima goteja pela minha face.
Nas minhas mãos, um ramo de rosas é apertado ferozmente. O sangue verte ininterruptamente manchando a pedra que te cobre.
Somente uma imagem é tudo o que de ti tenho. Uma imagem escura, sombria.
Deito-me sobre ti. Fecho os olhos e imagino o teu corpo.
Envolvida em teus braços. Sentindo o teu cheiro.
Os nossos lábios tocam-se suavemente.
A aspereza da gélida pedra faz-me regressar a um pesadelo. O pesadelo da tua ausência eternamente.
Deixo o ramo.
O sangue deixa a pedra manchada, assim como tu manchaste o meu coração.
Sigo em frente, sem olhar para trás. O vento gélido segue os meus passos.

4 comentários:

  1. Quando os pensamentos saem mais depressa que a escrita, ficou assim.
    Desta vez, não há medicação!!!

    ResponderEliminar
  2. Que profundo mna. Pensava k esses estados de alma, so aconteciam quando o benfica perdia mna. Um pouco pesado, ( triste) mas gostei mna.

    ResponderEliminar
  3. Anónimo.

    Felizmente acontecem algumas vezes, senão não podia escrever assim.
    Por vezes a mágoa, a dor, faz magia.

    Beijo

    ResponderEliminar