quinta-feira, 28 de junho de 2012

Menina sardenta

Timidamente foram aparecendo ao longo da minha infância, uma na bochecha, outra mais perto do lábio.
Pequenos sinais que faziam a minha delícia quando os contava.
"-Não contes os sinais que não é bom!" - já dizia a minha avó.
Se era bom ou não, não sei, nunca me aconteceu nada, pelo menos que eu desse conta.
A certa altura já eram tantos, tantos que os fui deixando de contar.
Quando o sol aquece, e os braços começam a andar mais à fresca, lá vão aparecendo uns sinais novinhos.
Sinais e sardas, muitas, muitas sardas.
Presentemente gosto das sardas que estão nos meus ombros, acho-as engraçadas e ficam lá muito bem, eheh.
Mas nunca me esqueço de uma coisa que avó dizia: "-Deus te marcou, um defeito te encontrou"
"-Eram preciso tantos!!!!" - penso eu.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Onde anda o azul do céu??

Com o tempo quente, seco e nebulado não há quem veja o céu azulinho há mais de 4 dias.
Ontem às 16:20h o termómetro marcava 46graus.
Para parecer um deserto só falta mesmo a areia, pois os camelos já por cá andam a governar-nos.
Mas este assunto da troika é para levar a sério, mesmo! É que até o céu azul já nos tiraram.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Quero andar na ambulância tuning

Por vezes a minha pessoa é protagonista de situações um pouco embraçosas.
Sábado, a caminho de Avis para mais uma sessão vampiresca, íamos nós no transporte de doentes do Hospital, como quem diz uma ambulância.
A música ia num tom baixo. Começa a tocar uma música de Pedro Abrunhosa e peço ao motorista para elevar um pouco o som, pois não ouvia nada, e assim seguimos.
Já muito perto de Avis, e já devíamos ir assim com a música num tom mais alto há mais de 20 minutos, resolvi assoar-me. E como que por magia, os ouvidos que estavam bloqueados, "destaparam-se" e, meus meninos o som ia num tom muito alto, mas ninguém se queixava.
Resolvi logo contar o que aconteceu e pedir para baixar o som.
Foi risada geral até chegarmos ao destino.
Quem andou por aqueles lados este sábado, deve ter ouvido a ambulância tuning passar. É que só lhe faltava os "pirilampos" a piscar e o motor mais potente, eheheh.

Quantos???

Para quem andava a chamar pelo Verão, ele chegou.
Hoje para aqui, esperam-se 40graus!!
Isto é que vais ser andar com a língua de fora!!!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

E o resto da equipa???

E porque é que hoje, todos os jornais têm na capa o Cristiano Ronaldo????
Por acaso o resto da equipa não jogou?
E o excelente passe que o João Moutinho fez que foi "meio-golo"???

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Obras da Mané


Mais duas lindíssimas pinturas da Mané.
Ela é fantástica!

Prenda no 1º dia de Verão.


Uma prenda que recebi hoje da minha Amiga Mané.
Já tem lugar na minha sala.
Já lhe disse que para o Natal, compro uma folha maior, e que o meu quarto é em tons de vermelho e preto, eheh.
Uma excelente pintora, sem dúvida!

Uma coisa que vi neste dia de Verão...


Chuva!
Chuva com a chegada do verão.
Foto tirada à noite no meu terraço.

Ataques de vedetismo da M&%$# da Selecção

Quando começou o campeonato europeu de futebol, prometi a mim mesma que não iria falar sobre futebol, ou mesmo até sobre a nossa selecção.
Mas, as "birras" nos nossos jogadores tiraram-me do sério.
Desde já peço desculpa por algum palavreado menos próprio.
Então homens que ganham o que eles ganham, que tem feito umas exibições nada espectaculares (sim ganharam à Dinamarca e à Holanda) comportam-se da maneira que se comportam com os portugueses que os apoiam, com os portugueses cá em Portugal e com os muitos que foram até à Ucrânia e à Polónia ou que lá estejam emigrados. Estão as pessoas à porta dos hóteis para os ver, e nenhum se digna a olhar, a dar um autógrafo, nem tão pouco acenar para as pessoas?  E mesmo até a vedeta da Madeira com a m$#%& do capuz na cabeça para ninguém ver que era ele, para não o chamarem. O único que tenho visto acenar ou sorrir, nem português de gema é. Só tristes!
Nem à comunicação social falam?
E vem o Paulo Bento dizer que têm razão por se comportar assim!
Eu sei bem o que vos fazia.
O que mereceiam era não ter ninguém nos estádios a apoiá-los, nem tão pouco a recebê-los junto aos hóteis. E nem mesmo quando chegassem a Portugal.
Vedetas da M&%$# são o que vocês são!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Bela por ti

"Bela como livro que se desfolha,
com deleite.
Em Alexandria não havia papiro
tão perfeito.
Deixa-me olhar-te, por favor, nesse teu leito.
Sabes que sonho com ele,
teu corpo perfeito.

Por que não me aceitas,
do meu jeito?"
Mário Casa Nova Martins (A Voz Portalegrense)

No leito em que me deito,
contemplando o teu ser
Belo, sedutor, feiticeiro.
Quanto de ti "bebo", somente por te ver?
Quando teus olhos, os meus encontra
faíscam pedras de rubi escarlate
Tanta saudade, tanta dor

Será possível
nosso Amor?

Resposta a um post que li no blog "A Voz Portalegrense", e o qual aqui publico após a autorização do seu autor.

As minhas leituras de Verão...

Este ano tenho já um livro destinado para essas leituras. Foi o prémio do passatempo da D. Verita.
Habitualmente não destino nenhum livro para ler, como faço leituras durante o ano inteiro, por vezes é o que aparece.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Um dia no campo no Verão..

Seja Verão, Outono ou Inverno (Primavera não tanto por causa das alergias e da bronquite) esta paisagem do campo faz parte de muitos dos meus fins de semana.
É tão bom acordar de manhã,ouvir o guizo das cabras que passam perto, e nada mais.O silêncio que fica após a sua passagem, o olhar para a serra em frente e deixar-me ficar sem nada para fazer.
O almoço é grelhados feitos na rua, e também lá saboreados.
Os cães, são o grave problema, muitos e gigantes, embora o cunhado me garanta que não fazem mal, mas nunca fiando. Os gatos este ano com criação acrescida passeiam-se pela rua. 
Claro por lá também andam cobras, lagartos, lagartixas, javalis e até já vi uma raposa.
O ano passado foi arranjada a piscina e era tão bom chegar às seis da tarde depois de um sábado a trabalhar e dar uns mergulhos sozinha, mas por pouco tempo, pois a rapaziada mais nova saltava tudo lá para dentro e lá se acabava o sossego, mas não fazia mal, eheh, assim é que é bom.
O jantar também na rua acontece muitas vezes já ao final da tarde, e acaba sempre já com as estrelas e lua por companhia.
Ali nem damos pelo tempo passar.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Os amores de Verão...

Não era bem amor só de verão.
A paixoneta que tinha pelo vizinho Pedro ia mais além do verão.
Claro que ele não reparava em mim.
Os dias que passei a ler ao sol, voltada para a casa dele, com esperança que ele reparasse em mim. Não havia escaldão nem dor de cabeça que aguentasse.

As melhores férias de Verão...

Sem dúvida que as melhores férias de verão, foram as passadas em casa dos meus avós, ou o mesmo que dizer em minha casa.
Lá tinha a minha praia (o tanque de lavar a roupa), o meu areal (terreno debaixo da videira), os meus gelados (água com groselha no congelador), a minha leitura (livros trazidos da biblioteca), e tudo o que poderia imaginar, estava alí à minha mão.
Não trocaria por nada deste mundo, as férias de verão da minha infância.

sábado, 16 de junho de 2012

A minha toalha de praia...

O que poderei dizer da minha toalha de praia?
Que é minha quando vou para a piscina, praia ou barragem, mas acaba sempre por limpar os filhos.
A minha toalha é mais o sol, e uma pontinha qualquer das toalhas dos filhos.
Ser mãe é duro!!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A praia do meu Verão...

Nazaré - Julho 2011

Praia da Nazaré!

Dia Mundial do Dador de Sangue

Mais uma comemoração do dia mundial do dador de sangue.
"Doar sangue é doar vida"
Infelizmente todos os dias é necessário este líquido precioso que ajuda a salvar vidas.
Eles, os dadores têm andado zangados com o nosso governo pelas medidas de austeridade tomadas em relação às taxas moderadoras.
Não têm razão nesta zanga.
O VERDADEIRO dador de sangue não olha aos beneficios desta prática, pensa sim, no bem que pode fazer.
O dador de sangue habitual anda vigiado, raramente vai a outro médico que não o Imuno-hemoterapeuta.
Há alguns anos atrás não havia estas benesses e as pessoas doavam sangue. 
Estão mal habituados, e nem sabem o que tenho ouvido nestes primeiros seis meses do ano. Uns compreendem e até mudam o pensamento, mas há outros bastantes "ranhosos" que nem à chapada lá vão.
Tivemos uma pequena quebra no início, mas agora até não estamos mal. Temos que agradecer aos pardais, quer dizer os futuros GNR que estão na Escola Prática que têm feito das minhas terças e quintas feiras, manhãs engraçadas, aos alunos da Escola de Enfermagem que também têm dado uma ajuda.
Mas hoje é dia de festa!!!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Feira da Saúde do Alentejo

Nos dias 14 e 15 de Junho, Portalegre, mais concretamente a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Portalegre com a colaboração da Administração Regional de Saúde do Alentejo e da Câmara Municipal de Portalegre, tem a honra que convidar toda a comunidade para a Feira da Saúde do Alentejo que visa:
- Apresentar serviços e recursos de Saúde;
- Promover a interação dos serviços de Saúdecom a população;
- Sensibilizar a população para a promoção da Saúde e alertar para a prevenção de algumas doenças;
- Avaliar indicadores de Saúde da população;
- Realizar sessões de esclarecimento.
Para além do Evento Científico - Estrutura dos Cuidados de Saúde no Alentejo: um debate organizacional, no Auditório da Câmara Municipal no dia 15 de Junho, haverá muitas actividades no Jardim da Avenida da Liberdade (Jardim do Tarro).
Nestes dois dias, podemos fazer rastreios de acuidade visual, optometria, acuidade auditiva, glicémia, colesterol, tensão arterial, índice de massa gorda, índice de massa corporal, função respiratória, cárie dentária.
Portanto dois dias em que a Saúde sairá à rua.
Peço desculpa, mas a minha "nabice" computadoramente falando, não me deixou colocar aqui o programa.

Escolhas

A vida é feita de escolhas. Escolhas essas que nos são presentes na vida pelos obstáculos que se nos deparam todos os dias.
Logo assim que acordamos fazemos escolhas: "Levanto-me?" ou "Deixo-me ficar deitada?", e por aí fora ao longo do dia.
Por vezes não fazemos a melhor escolha e deparamo-nos com as consequências desses actos.
As escolhas certas, ou que no momento achámos como certas, fazem-nos sorrir, viver confiantes, alegres.
As escolhas erradas, fazem-nos tombar, sofrer, viver em angústia, mas ajudam-nos a levantar de novo mais fortes e a enfrentar tudo e todos. Aprendemos com os erros, são pequenas batalhas que temos que travar para ganhar a guerra da vida.
Olhando para trás, não considero que tenha escolhido mal o caminho a seguir.
A morte do meu pai em 1979, alterou a minha vida, mas aí a escolha foi-me imposta e eu só tive que seguir em frente. Tive uma infância feliz, fui feliz e aprendi muito com o pouco que tinha.
As escolhas pessoais e profissionais também foram importantes.
A criação deste blog, foi outra das minhas escolhas. Sempre gostei de escrever, embora não o tivesse feito durante alguns anos.
Um dia de Outono de 2009 foi a altura escolhida.
Que nome para o blog, que nome para mim? Fácil.Orquídea, a flor que mais gosto. Carlota Pires Dacosta, o nome que me chamam desde pequena.
Praticamente ninguém que me conhece pessoalmente sabe que tenho um blog, nem tão pouco que escrevo. Tenho tanto de mim aqui escrito. Os meus pensamentos, os meus poemas. Muita gente não iria acreditar que sou eu que escrevo.
Passo despercebida no meio da multidão e assim quero ficar.

O que mais gosto de comer no Verão...

Gaspacho.
Para quem não sabe é sopa de tomate, pepino, pimento, presunto, cebola, azeite, água e muito gelo.
Tem algumas variedades, mas eu gosto imenso desta.

terça-feira, 12 de junho de 2012

As noites de Verão...

Noites pequenas nas quais temos que aproveitar para desfrutar todos os inquietantes momentos sombrios.
Gosto das noites de lua cheia no verão.
Gosto de ouvir o canto dos grilos.
Gosto do tempo quente que se faz sentir até a madrugada raiar.
Gosto de dormir.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

As tardes de Verão...

Tarde, que é tarde, seja verão, outono ou inverno, é para dormir a sesta.

As manhãs de Verão...

Quando o sol entra pela janela aberta de par em par, tocando o nosso corpo despertando-o, é como se todo os nossos sentidos despertassem de um sono envolvido por anjos.
Se estou de férias, gosto de acordar calmamente, deixar-me ficar a fazer ronha, até me levantar.
Se é dia de trabalho, a vontade de ficar mais um pouco é certa, mas não pode ser, toca a levantar!!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Festas, arraiais e festivais de Verão

Os arraiais dos Santos Populares.
Lá volto eu, de novo, à minha infância.
Na altura em que os vizinhos eram família, que as portas estavam dia e noite abertas, recordo umas das festividades que unia alguns vizinhos da Senhora Santa Ana.
Os preparativos começavam mais cedo para as poucas crianças que ali viviam, onde eu me incluía. Recortar folhas de papel dobradas a fazer desenhos engraçados que depois colávamos num cordel e pendurávmos no sítio onde seria a festa, varrer a rua das pedras e desejar que o dia chegasse era a nossa tarefa.
Eu levava os dias a pensar na festa, o que se iria passar, o que íamos comer, andava eufórica. Na altura as festas eram tão raras que uma preciosidade destas era para se aproveitar ao máximo.
No dia da festa, depois do horário de trabalho, os adultos cortavam alguns ramos da palmeira para enfeitar o "recinto" da festa, colocavam um fio de lâmpadas para iluminar ainda mais o recinto, colocavam o grelhador em sítio certo, as mulheres descascavam as batatas, arranjavam os pimentos para a assar e os tomates para a salada.
Nesta altura já andava "maluca" com a agitação, e por vezes só fazia disparates.
A aparelhagem já tocava as marchas populares.
Aos poucos os vizinhos iam aparecendo para confraternizar.
As mesas já estavam postas na rua, com toalhas de plástico, os copos, pratos e talheres de plástico, as saladas, e os mangericos a enfeitar.
No grelhador as sardinhas já pingam para as brasas. Humm que cheirinho tão bom! As batatas já estão cozidas e a caminho da mesa.
Chego perto da avó e digo que tenho fome. Ela pega num prato com batatas, coloca duas sardinhas, salada e tomate e pimentos, de seguida um copo de laranjada e vou colocar-me no sítio mais elevado que encontro para poder observar a festa no seu todo.
Por vezes esqueço-me de comer para observar a festa.
Vai anoitecendo, as luzes iluminam o cantinho da festa que está bem animada, com dança, cantigas e acima de tudo confraternização entre vizinhos. Até há uma fogueira!
A avó diz que é tarde que tenho que me ir deitar, faço uma pequena birra para ficar, mas mesmo assim ela não deixa.
Já na cama, imagino o que se passará lá fora. As luzes iluminam o quarto, o cheiro das sardinhas a assar deixa-me com água na boca, o som das músicas populares entra pelo quarto embalando-me até o sono chegar.

Era assim há muitos anos atrás.
Hoje em dia a vizinhança envelheceu, outros morreram e as crianças que davam alegria aquele casario de pouco mais de 10 casas foram morar para outro lado, cresceram, casaram.
Quando chega esta altura lembro-me com saudade destas festas.

A minha bebida preferida no Verão

Uma limonada, com limões acabados de colher da árvore.
Uma sangria, bem fresquinha, numa noite bem estrelada.
Mas o que sabe mesmo bem, é um copo de água bem fresquinho pela manhã.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Tristeza

Hoje estou triste.
Como se fosse um sorriso capaz de apagar a tristeza que o meu corpo assola, que o meu corpo devora.
Por vezes, muitas vezes até, dou por mim a pensar no dia de amanhã. Naqueles dias que espero que cheguem bem distantes daquele em que me encontro.
Não sei, como ninguém sabe, se chegarei ao amanhã. Pelo menos mentalmente capaz de me lembrar da minha infância, da minha adolescência, das coisas boas que a vida me enviou, assim como das quedas que dei, e das cais aprendi grandes lições de vida.
Fui uma criança feliz, com o pouco que tinha de posses e de bens materiais, mas com uma imaginação fértil, graças aos muitos livros, colectâneas, enciclopédias que li.
Nos dias de hoje a internet é uma grande ajuda em algumas coisas, mas por vezes faz-me falta o papel, o folhear dos livros antigos, o seu cheiro, a sua rugosidade.
Há alguns anos, vivia ansiosa com o dia a dia, o stress do trabalho, a competividade profissional. Era em casa, na calma e paz do meu lar, que me refugiava. A companhia da família, um bom livro e uma chávena de chá fazia maravilhas. 
Hoje em dia vivo um dia da cada vez, não vale a pena projectar nas nuvens o futuro que se sabe incerto. A minha "preocupação" é o chegar um dia, se Deus quiser, a uma belíssima cota para aí de oitenta e muitos anos e saber o que vivi, lembrar-me das pessoas que passaram pela minha vida e que foram deixando marcas. Sim aquelas marcas, das quais muitas mulheres fogem, e as quais eu não me importo de ostentar. Algumas já vão aparecendo, e quando à noite me vejo ao espelho, sei o nome de cada uma delas (o meu avôzinho Porfírio, a Raquel, a avó Teresa, o meu pai José - os que já partiram; o Diogo e a Salomé - filhos, o meu marido e a restante família, a Cristina, a D. Isabel, a Anónima Marisa, o Anónimo Luís, a MJFalcão, o Manuel Poppe; e aqueles Amigos sem presença física mas pelos quais o meu coração e o meu pensamento está sempre presente, o Compadre Mar do Poeta, as minhas Princesas Cozinheiras e todos os restantes amigos que tenho encontrado pelo blogue).
De menina tímida e envergonhada, saiu uma mulher forte, extrovertida em certos momentos, pois por vezes a timidez ainda se lembra de mepregar partidas.
O dia aqui por Portalegre tem sido triste e não vale a pena falar no assunto que todos já sabem pelas notícias. Sim eram pessoas conhecidas, uma das quais trabalhava na mesma instituição que eu, e o sobrevivente meu cabeleireiro.
Por agora continuo triste.
Amanhã um novo dia. O sol irá aparecer e aquecer a minha alma.

O meu calçado de verão


Sandálias! E mais sandálias!
Adoro estas com correntes, faz o meu género, eheheh
As unhas pintadas também, como sempre é a mana que as pinta pois não tenho jeito.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Revista Plátano - nº5


Há momentos recheados de história, de imagens que nos fazem "viver" a vida antiga na nossa cidade.
Digo "nossa" pois os quase 30 anos que cá vivo já me fazem viver Portalegre como se fosse minha de nascimento. Pelo menos meia-costela é!
A revista "Plátano - Revista de Arte e Crítica de Portalegre" veio ter às minhas mãos por acaso. Nunca tinha ouvido falar dela. Depois de a abrir e ler algumas páginas, e até mesmo pesquisar na internet, visitar blogues, percebi que afinal esta é uma aventura cultural que viu a luz do dia pela primeira vez, numa frondosa Primavera de 2005.
É uma revista cultural, na qual se escreve sobre a nossa cultura, a cultura dos Lagóias.
São tantas as histórias escritas que "devorei" a revista ontem ao serão.
O Outono de 2005 viu o n.2 que fez do Poeta José Duro sua capa. Em sua companhia encontrava-se também José Rodrigues Eustáquio (por mim, menos conhecido, mas não esquecido).
Na Primavera de 2006, volta nova edição, com o desporto em destaque, no 80º aniversário do 1º derby portalegrense - Sport Club Estrela - Grupo Desportivo Portalegrense.
Um interregno de mais de dois anos, faz voltar a revista no Outono de 2008.
E em 2012, no dia em que se comemorou o dia da cidade de Portalegre, o n.5 está na rua.
Pela minha parte, pelo menos as pessoas do serviço, já a ficaram a conhecer e algumas gostaram do que viram.
Gostaria de dar os parabéns a todos os que nela participam, mas infelizmente conheço só dois ou três de nome e de vista.
Foi bom conhecer Portalegre, as suas histórias e as suas gentes que já por cá andaram.

Um segredo de Verão

O que se pode contar dos segredos? Pois se são segredos, não se conta nada!
Um segredo de verão!
Pode ser de verão, outono ou até mesmo inverno. É segredo e é só meu!
Se tenho um segredo de verão? Não. Tenho um segredo do ano inteiro.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O que não gosto no Verão

Aqueles dias em que anda tudo de manga curta e eu como sou friorenta, ando de casaco.
Noites tão quentes que mais parece que estamos no deserto a meio do dia.
Ar Condicionado com a temperatura igual à do Polo Norte.
Programar uma ida à praia, e ao fim de 200Km chegamos para um dia de praia e temos que ficar enfiados dentro do carro pois não pára de chover.
A famosa dor de garganta ao fim da 1ª bebida gelada ou o 1º gelado.
A vontade louca dos mosquitos, melgas e afins pelo meu sangue.

Escondido

Pôr do sol - Portalegre - 01/06/2012

O dia despede-se angelicalmente.
Nem uma presença de ti.
Nem uma presença minha.
Mais logo a noite chega, e aí, como todas as noites, encontramos-nos.
Irradia a luz, fazendo adivinhar o brilho do nosso encontro.
Por mais belo que seja o pôr do sol, é pela noite que anseio a chegada, é na noite que presencio a mais bela das cores.
Que pintor celestial tem o poder de pintar tão bela tela, tão bela peça de arte?
Escondido, aguardando a noite, vais vigiando os meus passos, o meu rumo. Rumo esse, que se encaminha para ti.

domingo, 3 de junho de 2012

O que não pode faltar no meu Verão

Uma bela sardinhada como a de ontem!

O Verão numa Cor


Amarelo.
Amarelo, como as searas que o vento faz bailar pelos campos do meu Alentejo.
Amarelo, como o sol escaldante que queima as peles mais desprotegidas.
Amarelo, como os malmequeres que pintam os campos.
Mas também há o azul cinza que faz da noite, a mais linda cor da paleta celestial.

Fotos tiradas ontem

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Verão da minha Infância


Que sensação estranha ao acordar.
Como que por magia, a responsabilidade, a pressa, a pressão do trabalho, passaram.
A vontade de correr, pular, gritar, rodopiar, subir às árvores, enfim, brincar, voltou!
O cheiro das giestas que circundam Portalegre, dos malmequeres, das papoilas já não me fazem mal.
Visto uma roupa qualquer e saío para a rua. O tanque de lavar roupa, no quintal da avó está cheio de água. Mergulho os meus braços nele, chegando a água quase ao pescoço, eheh, molhei as mangas da t-shirt, aiai. Não faz mal, enxuga ao ar. Vejo o meu rosto no reflexo da água, sorrio, os meus olhos sorriem.
Subo as escadas e corro pela rua abaixo aos pontapés às pedras, a passar as mãos pelas paredes caiadas de branco. "Carla, não faças isso que sujas as paredes às vizinhas!" - parece que ouço a minha avó gritar ao longe.
Perto da casa do sr. Salgueiro, páro. Tenho medo dos cães que por vezes ali andam e que já correram atrás de mim dezenas de vezes. O quintal da vizinha Domingas, mais propriamente a terra perto das roseiras tem sido a minha safa, quando ao fugir deles lá aterro. Nenhum! Podemos seguir!
Chego perto da casa da Adélia. A porta aberta de par em par para deixar entrar o fresco da manhã. Cheira a sabão da roupa lavada que se encontra no alguidar para estender. Entro.
-Bom dia!
-Olha a Carlota Pires Dacosta! Logo de manhã, por aqui? (Agora já sabem de onde vem o nome)
-Vou brincar para o adro.
-Queres pão com manteiga?
-Sim pode ser. E com açucar também!
Hum, que vontade de comer pão com manteiga e açucar, neste momento. Cada dentada no pão, lambuça a minha boca de manteiga, que tento lamber até ao último pedaço.
Sorrio e volto de novo ao meu caminho.
Se a avó sabe que comi, de novo na casa da Adélia, ralha comigo. Mas não faz mal, eu como lá todos os dias e ela muitas vezes não sabe, pois a Adélia é minha amiga e já me disse que não lhe conta. O pior é a vizinha, a Diamantina que tem o quintal que dá para casa da minha avó. Quando sabe que estou na casa da Adélia, está sempre a gritar para a minha avó: "Oh Zé, a tua neta está de novo a comer na casa da Adélia!"- Não gosto da Diamantina, tem ar de bruxa, e deve ser mesmo, pois quando os nossos olhos se encontram fico doente, por isso fujo dela.
O adro da igreja da Senhora Santa Ana.
Dois terraços em terra batida com oliveiras, dois muros - o primeiro circunda a igreja e um mais largo que circunda este e que dá para a estrada, com uma altura de três metros.
A avó diz que é perigoso, mas eu gosto de brincar ali. Dá para jogar à bola, ao berlinde, fazer casinhas, subir às árvores, ou simplesmente estar sentada a ver quem passa, ou olhar lá longe a Serra da Penha, a Igreja da Sé, a Estação, ou o horizonte a perder de vista.
Subo para a minha "nave" e hoje é dia de defender a minha tripulação. Só acabo a "minha" guerra quando ouço a minha avó a chamar-me. Salto para o chão e corro até casa. Subo o muro que passa pela horta da Igreja e corro até uma encosta que me leva perto de casa. Quando a avó chama, é para ir rápido, por isso vou a corta-mato.
-Vou à cidade, queres vir?
A "cidade" fica a 200metros do sítio onde me encontro, mas a escassez de casas nesse caminho faz parecer que estou looonge da cidade.
Depressa lavo a cara, as mãos, penteio-me, visto outra camisa e lá vou eu.Ai, os livros da biblioteca! Pego na sacola e lá vou eu com a minha avó. Sinto-me importante quando vou com a minha avó à cidade. Ela conhece toda a gente, e toda a gente me fala também. Mas acompanhar a minha avó parece uma corrida de Fórmula 1, ela não anda, ela voa.
Passamos pela Câmara Municipal. Vou ver se o meu avô lá está para lhe dar um beijinho. Quando lá vou, falo também aos colegas dele.
-Aqui vem a minha Carla com os seus livros. Gosta muito de ler. Um dia, ainda escreve um livro! Tem mãos de habilidosa, dedos esguios. - e lá mostro eu, pela milésima vez as mãos. "Que sorte tê-las lavado!"
Quando dali saío, sigo para a biblioteca. Hoje não devo demorar muito, a D. Emília já me guardou o livro que quero. Não devia ser assim, mas ela guarda-me alguns livros que sabe que gosto, pois sabe que os trato sempre bem e por isso me faz estes miminhos.
O caminho para casa já é feito com a sacola dos livros a tira colo e os sacos das compras nas mãos. A avó não carrega muito os sacos, mas eu gosto de a ajudar.
Já não penso em mais nada a não ser, estar deitada, debaixo da videira, sentir o sol passar por entre as folhas, um copo de groselha ao meu lado para ir bebendo, ou uma taça de cerejas, e deixar a minha imaginação voar com a heroína da história.
Quando está mais calor, às vezes deixo-me dormir a ler o livro. Acordo quando tem que ser ou com alguma formiga a picar-me.
Quando a noite chega, já tenho o livro lido. Estou cansada!
Já deitada, sinto o calor entrar pela janela, os grilos a cantar, o céu estrelado e fecho os olhos.
Que bom ser criança, de novo!!


Esta história faz parte do passatempo do blog "A Turista Acidental".
Serve também para lembrar mais um Dia da Criança. A criança que eu fui, o recordar um dos muitos dias da minha infância, dos muitos dias de Verão que passava em casa, em Portalegre.