terça-feira, 30 de novembro de 2010

Hoje é dia não


Aaiiiiiiii!!!!!
Hoje é daqueles dias em que me apetece fugir, correr, bater em alguém, comer chocolate até não poder mais, encharcar-me em Licor Beirão, rebolar na relva; rebolar não que enjoo.
Já não sei se me dói a cabeça de chorar; se choro por me doer a cabeça.
Já não sei se vomitei por me doer a cabeça; se me dói a cabeça por ter vomitado.
"- É só um momento que já o atendo!"- Corrida para o wc.
E isto tudo ainda de manhã...
"-Estás grávida!!
Grávida?!?! Pronto, desmaiei. Não de susto, mas por pensar que 0 "Espírito Santo" me tem visitado em noites solitárias. Eu a dormir tão profundamente, a acordar tão sorridente ao pensar que meu corpo se encontrava envolto pelos braços de Morpheu e zumba! Sou infiel.
"- Morpheu querido, não é o que estás a pensar."
Bem que eu sentia as costinhas quentes, e deixava-me embalar de tal maneira, e o sacana do "Espírito Santo" a aproveitar-se...
Grávida não estou. Mas...sou infiel ao meu Morpheu.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Um Delírio...

Charles Perugini

Os olhos vincados por uma noite mal dormida, fazem adivinhar um dia cansativo.
O corpo doído puxa-a da cama.
Recorda a noite que passou com enorme mágoa.
Os filhos já deitados, não assitiram ao início.
Fora deitá-los cedo. Aconchegou-os na cama e deu-lhes um beijo de boas noites. Sorriu ao ouvir o mais novo dizer "Mãe, gosto muito de ti!". O mais velho também disse algo, que a sonolência já não deixou decifrar. O do meio, mais acanhado, simplesmente sorriu. Beijou-os, afagou-lhes o cabelo, acendeu a luz de presença e encostou a porta.
Recostou-se na cama e folheou o livro que começara a ler horas antes. Só neste silêncio conseguia ler. Viver os seus sonhos, os seus desejos. Quantas vezes encarnava as heroínas, as vilãs. Quantas paixões, amantes terá tido? Nem se lembra. Fora tantos os livros que lera desde nova, que já não tinham conta.
Casara cedo. Os pais, homens do campo arranjaram-lhe pretendente cedo. Não queriam morrer sem deixar a sua menina entregue a alguém que cuidasse dela, quando eles tivessem partido.
José homem trabalhador, o filho dos vizinhos foi a escolha. Nem a diferença de idades foi obstáculo a tal união.
Maria tinha 15 anos quando casou e José tinha 40. No início, tratava-a bem. O seu corpo franzino fora seu cúmplice durante os primeiros anos de casada. José só a procurava uma vez por mês e era tão meigo, tão delicado, tão atencioso.
Aprendera a vida de lavoura com o marido. De madrugada, acordavam e enquanto ele tratava do farnel, ela dava um jeito na casa. Não gostava de deixar a casa desarrumada. Seguiam por uma vereda junto ao cercado do campo, acompanhando a rotação de culturas. Ela tratava dos cultivos, ele dos animais. Juntavam-se à hora de almoço, e ele quando chegava trazia sempre uma flor, que lhe entregava depois de a beijar. Ela corava, sorria.
Os anos foram passando. José já a procurava mais amiúde. O seu corpo franzino, dera lugar a um corpo formoso, e nem os filhos lhe tiraram esbelta figura.
Todos os meses passava pela aldeia a carrinha da Biblioteca. O ritual era o mesmo todos os meses, desde que aprendera a ler. Acordava cedo, vestia o seu melhor fato (não queria que o bibliotecário a visse como mais uma coitada da aldeia), pegava na sacola onde guardava os livros e lá ia percorrendo os poucos quilómetros até à aldeia. Com a chegada dos filhos, José queria mudar para mais perto da aldeia, mas ela gostava do sítio onde moravam. Um vale, com inúmeras árvores e onde passava um riacho. O sítio ideal para viver e sonhar. Com o passar dos anos, tornara-se amiga do Sr. Meireles. Ele guardava-lhe todos os livros da sua preferência e deixava-a trazer sempre mais do que o estabelecido. Ele sabia que ela os lia e tratava bem, como se de filhos se tratassem.
O marido ao início não se importava com a demora. Como não lhe podia dar mais, deixava-a entregue à sua leitura, pois sabia que a fazia feliz.

(continua)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Liev Tolstói


Assinala-se amanhã o 100º aniversário da morte de Liev Tolstói.
Considerado um dos maiores escritores de todos os tempos.
Obras mais famosas: Guerra e Paz; Anna Karenina; A Morte de Ivan Illitch entre outros.

Vigia

O nevoeiro desce pela encosta numa quietude fantasmagórica.
Pequenas gotículas caem intensamente sobre o meu corpo.
Espero, numa espera incessante.
As ramagens despidas, a folhagem dispersa pelo chão são as imagens que vislumbro.
Aguardo...

Viciada


Vício = 1. Prática frequente de acto considerado pecaminoso.
2. Tendência para contrariar a moral estabelecida.

Estas são algumas das definições da palavra vício.
E eu, Carlota, sou uma viciada.
Viciada em quê? Em chocolate. Não pode passar um dia sem que deglute tal preciosidade. Um quadradinho (leia-se tabulete inteira) de chocolate. E mesmo quando não tenho em casa, vingo-me no chocolate para o leite.
Já tentei deixar o vício, mas a ressaca da abstinência era pior. Olhava para as pessoas e via, autênticos flocos de chocolate andantes; os carros eram mousses; as casas, brigadeiros. Só via chocolate. Até as refeições eram saboreadas como autênticos manjares.
Brancos, pretos, com recheio, sem recheio, doces, amargos, com licor, sem licor, de culinária, marcha tudo. É mousse, é pudim, é bolo, é raspa, tudo, tudo. Ele é quente, gelado, à temperatura ambiente.
E com a chegada do Natal, fico pior. É tentação, atrás de tentação. Têm que me "arrancar" à força das lojas, pastelarias, hipermercados.
Por expemplo, agora que estou a escrever este post, estou a comer bolachas de chocolate, com recheio de morango.
Isto tudo para dizer que sou viciada. Viciada em chocolate.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Por Uma Noite

Klepht

Tocas no rosto enquanto o ar não sai
Inspiro sem medo do acto que vem
Envolvo os pés como mãos
Do toque nasce a nossa ilusão
Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
Do erro.
Já pouco nos resta fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angustia
Que nos prende a vontade de sentir
O corpo com prazer
Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Se é por uma noite
Grito teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite.
(Klepht)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mobbing

E o que é o mobbing?
O mobbing consiste numa atitude de perseguição ao trabalhador, com vista a despedi-lo sem justa causa.
O artigo da "Visão" de 11 de Novembro, deixa qualquer pessoa estupefacta com os relatos lá descritos.
Num pequeno teste de 9 perguntas poderemos saber se estamos a ser vítimas de mobbing, assédio severo ou assédio ocasional.
Reportando-me a uma situação profissional de há 3 anos atrás, e respondendo ao teste das 9 perguntas, respondi afirmativamente a 8, o que me posicionada numa posição de vítima de mobbing. Pena só agora saber isso.
Felizmente, a situação alterou-se, mas para isso tive que mudar de secção. Ao fim de 13 anos a trabalhar num serviço, aqueles últimos 4 meses, pareceram 40 anos.
O que fiz? Falei com as chefias, sobre o que se estava a passar. Os meus colegas, ficaram do meu lado, tive uma semana de baixa, e quase três meses a trabalhar a meio tempo, até conseguir de lá sair definitivamente.
Na altura, e com estatuto de funcionária pública a situação não foi pior, pois teriam que justificar com provas, as acusações feitas à minha pessoa, a qual eu exigi que fosse prestada.
Hoje estou perfeitamente bem na secção em que trabalho. Continuo a ir ao meu antigo local de serviço, cumprimentar os colegas, e faço questão de falar a todas as pessoas, principalmente às que me fizeram mal. Perguntam-me como sou capaz. Fácil. Pensamento positivo, um sorriso na cara, e fazer ver que me vergaram, mas não partiram.

Piropos

E, se de repente fôr na rua e lhe disserem um piropo?
O que fazer??

sábado, 13 de novembro de 2010

Wallpaper de Inspiração

Esta foi a escolha para wallpaper do meu pc de casa.
Seguir-se-ão momentos de Iluminação...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Em Formação...

Pronta para o 2º dia de formação.
Pode ser que hoje, os ouvidos já não estejam tapados, por causa da constipação, e consiga ouvir melhor o formador.
Pode ser que hoje não me deixe dormir.
Pode ser que hoje deixe de bocejar.
Pode ser que hoje, o formador me mande calar mais cedo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Desejo

A noite encontra-se gélida.
O quarto crescente, deixa o obscuro surgir em imagens fantasmagóricas que teimam em entrar pela janela ainda aberta.
O cheiro a lavanda inunda o quarto.
Inebrias a minha alma ao pensar em tua presença.
Deitada sobre a cama, deixo voar meus pensamentos, meus desejos.
Embebes todo o teu desejo em mim.
Teus lábios repousam sauvemente nos meus.
Fecho os olhos.
Sinto a tua mão, acariciar o meu rosto, enquanto a tua boca, pouco a pouco vai explorando cada pedaço da minha face, do meu pescoço, do meu tronco..
Cada botão da camisa é arrancado bruscamente à passagem possante da tua mão.
O teu corpo investe um pouco mais em mim. O pouco espaço entre nós, deixa de existir.
Sinto a tua respiração ofegante, passar pelo meu corpo.
Os teus lábios saboreiam os seios que ficaram a descoberto..
A campainha toca.
Foi um sonho. Senti-te tão presente, em mim.
Chego à porta. Abro e vejo o teu sorriso, o teu olhar...

domingo, 7 de novembro de 2010

Muse


Adoro...

Percurso


O aconchego de teus braços.
O calor que exala de teu corpo, aquece meu coração.
Cada passo teu, cada ondear de teu corpo, faz mover minhas raízes. Pequenas pedras, pequenos grãos de areia, se soltam, deixando o meu corpo mover-se.
O vento sopra gélido.
Meus olhos tentam abrir-se. Meu corpo retorce-se. Água, preciso de água.
A respiração está ofegante. Peço-te água.
Sinto o teu corpo parar. Dizes algo que não entendo.
Sinto teus lábios, repousar nos meus.
A tua boca, move-se, contra a minha.
As tuas mãos, acariciam meu singelo corpo.
Sinto a tua língua, saborear cada pedaço dos meus lábios.
Esqueço onde estou, esqueço quem sou.
Só quero viver.
Envolvo meu corpo no teu, deixando-me ficar.
"Estamos perto amor! Aguenta mais um pouco!" - dizes calmamente, baixinho, ao meu ouvido.

sábado, 6 de novembro de 2010

Feliz Aniversário para MIM , eheheheh

Faz hoje 36 anos, o dia amanheceu cinzento, chuvoso, um típico dia de outono.
Ainda faltava mais de um mês para nascer, mas a pressa em sair era tanta, que mal deixei a mãe dormir. O pai, andava de uma lado para o outro, suspirava, com as malas ao pé da porta. Já tinha ido a correr chamar os pais para o apoiarem nesta pequena batalha.
A mãe, essa, com os seus escassos 16 anos, pouco podia fazer senão andar de um lado para o outro, com dores. "Chega! Vamos para o hospital!" - gritou o jovem de 18 anos.
Mal chegaram e depois de observada, o médico veio cá fora dizer que tinham que avançar, ainda faltava um mês, mas o bébé queria sair. Com o nervos à flor da pele, a juventude, a imaturidade, o nascimento aqui da pequena teve que ser de cesariana. 3,980Kg, 46cm e um pulmão valente. Vi o luz do dia, ainda que nublado, chuvoso e segundo a minha avó, com nevoeiro (porque será que gosto desta combinação?) às 15h.
Á minha mãe, só tenho a agradecer a sua rebeldia, e o facto, segundo a minha perpesctiva, claro, o ter violado o meu pai, eheheheheh.
Ao meu pai, se tivesse oportunidade, agradecia a sua calma, e o facto de ter deixado a minha mãe atacá-lo eheheh. Estou a brincar, claro.
Hoje, e ao contrário de há 36 anos atrás, está um sol e um calor abrasador.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Momentos Nicola

Um dia... serás meu!!
Hoje é o dia.

Sombra


Atrás de mim vens seguindo os meus passos.
Minha companheira de todas as lutas, minha companheira de todos os momentos.
O teu rasto é negro, seguindo-me para todo o lado.
Tanto o sol, como a lua mostram-me a tua esbelta figura.
Por vezes os nossos dedos tentam entrelaçar-se, as figuras que fazemos.
Danças comigo por entre a folhagem do Outono.
Quando passamos junto a alguma árvore, ficas mais perto, quase que sinto o teu calor. Mas tão depressa chegas, como vais para longe. Mas nunca, nunca me abandonas.
Hoje, estou triste, e quando saí à rua, o sol mostrou-me a tua presença, meio desfigurada, achatada na parede. Comecei a mexer a minha cabeça, e a tua figura a imitar-me. Sorri. O primeiro sorriso do dia.
Sombra, nome negro, obscuro, que me acompanha em todos os momentos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

São secas as folhas que meus pés pisam
É seco o ar que custa respirar
O meu coração sangra de solidão
Sinto falta de ti. Quero-te amar.


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Do que gosto...

Uma noite quase em claro, fez-me pensar em algumas das coisas que gosto.
Sem qualquer ordem de importância, eis algumas que me fazem sorrir:
- O sorriso, o olhar, e os beijinhos dos meus filhos de manhã, à tarde, à noite;
- Dias ou noites de nevoeiro;
- Andar à chuva;
- O cheiro da terra molhada;
- Pisar o tapete outonal;
- O cheiro do 1º café da manhã;
- Trovoada;
- Comer chocolate;
- O arco-íris;
- Ler;
- O Outono;
- O cheiro de um livro novo;
- O aroma de velas perfumadas (principalmente a da Air Wick Frutos e Especiarias);
- O cheiro a relva acabada de cortar;
- Andar descalça na relva;
- Nadar;
- Deitar-me numa cama acabada de fazer;
- Amar;
- O cheiro da lavanda;
- Ouvir e/ou ver os U2;
- Escrever;
- Courgette no forno, recheada com tomate e queijo;
- Beber Licor Beirão;
- O silêncio de dois olhares;
- Dormir despida;
- Sport Lisboa e Benfica;
- O quarto minguante;
- Orquídeas;
- Os filme do Richard Gere e da Meg Ryan;
- Beber chá de frutos vermelhos;
- Estar sentada à lareira;
- Comer nozes;
- Darem-me menos idade, do que aquela que realmente tenho;
- As minhas sardas;
- Vestir-me de preto.

Haveria mais para dizer, mas só me lembrei destas.