quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um dia...

As mãos repousam por breves instantes em cima do teclado.

A imaginação voa para bem longe.

Fico a olhar o vazio no écran, tentando encontrar quem o meu corpo busca, quem meu coração deseja.

Onde estás? Quem és?

Continuo uma busca incessante, que me deixa triste.

Ao fundo uma luz brilhante.

Caminho na sua direcção. Um dia, eu sei, um dia...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Vida do Campo


Este fim de semana, e pela 1ª vez, também participei numa tarefa destas.

E adorei!!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dia de Festa

Como diz o meu filho: "BENFIQUIIIIIIIIISTAS!!!"

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Recapitulemos

Ainda o caso das incrições no CEDACE.

1º - só se faz a incrição uma vez na vida;

2º - ter mais de 18 e menos de 45 inclusive;

3º - pesar mais de 5o kg;

Em relação ao Gustavo, para o caso ter vindo para a comunicação social, já se esgotaram todas as possibilidades; família directa e TODOS os que já estavam inscritos.

A incrição fica registada a nível mundial.

A inscrição não é para o Gustavo, é para o CEDACE.

Se, por acaso, houver contacto do CEDACE para virem fazer uma activação (novamente recolha de sangue para análises mais em pormenor) NÃO quer dizer que seja já para doar medula ao Gustavo, infelizmente há milhares de pessoas a nível mundial à espera de algum dador compatível e se o processo avançar, não recusem. Há alguém à espera de viver com o vosso gesto.


Já disse isto centenas de vezes nestes últimos dias.

Acho que vou fazer um flyer (panfleto em português) e colocar ao pescoço. eheh

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Serás nuvem?

João Carvalho - Serra de São Mamede (Portalegre)


Como queria que me tocassem.

Poder sentir um toque, por mais suave que fosse.

Por mim passam umas vezes mais rápido, outras mais devagar.

As nuvens são como as presenças que passam na nossa vida. Umas marcam-nos até à alma, outras simplesmente passam.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Indignação

Como se costuma dizer: "A minha alma está parva!" e é que está mesmo.

Como toda a gente sabe, trabalho no banco de sangue.

Neste dias, e ainda bem, tem aparecido muita gente para se inscrever no CEDACE (Centro de Histocompatibilidade - no nosso caso do Sul). Muitos deles devido ao apelo de Carlos Martins, para o seu filho Gustavo.

Este caso é importante, mas também é importante para todos os doentes que estão à espera de um transplante. Mais inscritos, maior possibilidade de haver uma compatibilidade.

Agora a minha indignação prende-se com o facto de as pessoas se irem inscrever SÓ para o filho do Carlos Martins e até o caso de uma senhora dizer que se fosse compatível já tinha a vida garantida, por amor de DEUS esta gente existe?????

Como funcionária pública e estando a exercer a minha profissão não pude responder à letra. Deixou-me comichão na língua...

sábado, 19 de novembro de 2011

...

Era só o que faltava!
Estar a ver um filme sobre leões do Disney Channel!!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Auditoria Externa - Balanço quase Final

Cá estou!! Sobrevivi, mal, mas sobrevivi!!
A auditoria não correu tão mal, mas se há dias em que quase tudo acontece, a 4ªfeira foi um desses.
Já estava a auditora a acompanhar o serviço, fazendo as perguntas que lá entendia, quando chega uma rapariga para dar sangue. Pergunto se já é dadora, e como respondeu que sim, pedi-lhe o cartão de dadora. Levantei-me para procurar a ficha nos respectivos arquivos.
Pela morada, vou direito à localidade. Nada!
Ficheiro do serviço de 2011.Nada! 2010. Nada! 2009.Nada!! Ficheiro geral. Nada!!
Comecei a entrar em stress. As mãos deixaram de conseguir passar as fichas, já nem as conseguia ler, a minha surdez de percepção deixou-me bloqueada, o coração disparou. Voltei à secretária, inseri o nome na ficha electrónica, e Voilá!!! faltava o nome de casada no cartão de dador. Encontrei logo a ficha e fiquei com vontade de estrangular a menina.Este foi o incidente complicado.
Ontem em Elvas, não me indicaram que tinham feito formações. A auditora pergunta e eu disse logo "Aqui não há formações". A sr.ª abre um dossier e Pimba!!! duas formações que apareceram não sei de onde. A vontade que tive foi mandar encostar tudo a parede e disparar às cegas.
Aguardamos o relatório final para tratar as constatações.
Balanço Final da minha pessoa: Ir pelo menos uma vez por mês a Elvas para ter a pasta da Formação actualizada.
Ah e enquanto esperava pela reunião de fecho, ainda apanhei frio só de um lado do corpo e não consegui dormir não com dor de cotovelo, mas dor no ombro. Xiça!! Malditos elvenses!!!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um Delírio XXII

Júlio Pomar

(continuação)

Os poucos segundos que decorreram até o terceiro elemento chegar perto de mim, pareceram anos. Ouvia os passos cada vez mais perto, o arrojar das correntes pelo chão. "Que me iria acontecer? Eu não era quem eles pensavam."
O medo deixou-me imóvel, queria falar mas nenhum som saía da minha boca. O pânico sobre o que me estava prestes a acontecer deixou-me sem reacção.
Bruscamente senti uma mão agarrar fortemente o meu cabelo, levando a que a minha cabeça tombasse para trás. Neste momento os meus olhos entreabriram-se. Pouco conseguia distinguir a cara que se encontrava a milímetros de mim.
"-Então o passeio por Paris foi curto. As saudades da Ana Maria foram mais fortes?"
"-Eu, eu..."- imediatamente senti o meu corpo, empurrado pela mão que me segurava o cabelo, estatelar-se no chão. Um corpo sentou-se em cima de mim, torcendo-se as minhas mãos que continuavam presas atrás da cadeira. Uma dor irrompeu pelos meus braços que aos pouco fui deixando de sentir.
"-Eu não fiz nada! Não sei quem procuram. Cheguei ontem de uma aldeia. Eu não fiz nada!" - as lágrimas corriam incessantemente.
"-Vamos ter que te avivar a memória, meu caro. Vocês, ajudem aqui!"
Levantaram-me do chão, as algemas com pedaços de carne e sangue agarrados foram tiradas dos meus pulsos, que não sentia. Começaram a despir-me. Tentei lutar, debater-me mas em vão. Começaram os três a pontapear todo o meu corpo, senti algo mais duro bater-me ferozmente. Parei de resistir. Não valia a pena. Já nada valia a pena. Estava à mercê de três homens que nunca vira, não sabia o que queriam. Possivelmente nem sairia dali vivo. Devo ter desmaiado.
O meu pensamento encontrava-se no riacho perto da minha casa. Era Primavera, a água límpida deixava ver as pedras lisas e os peixes que por ali nadavam. Senti um movimento e olhei em volta. Um rosto sorria para mim. Teria chegado ao céu??
Um balde de água gelada fez-me despertar do meu sonho.
Não sentia o meu corpo.
Encontrava-me suspenso no meio de uma sala, um pouco diferente da anterior. Os pés encontravam-se presos por correias que me seguravam a um gancho preso no tecto. Os braços amarrados atrás das costas pendiam para baixo, fazendo doer os ombros. A cabeça praticamente não a sentia, os meus olhos estavam inchados, sentia-os inchados. Havia sangue no chão, meu. O meu corpo pingava, escorria. Para além deste vermelho vivo, havia um vermelho/acastanhado, seco, possivelmente de outros que passaram por ali antes de mim.
"-Vamos lá ver se agora te lembras."
"-Já disse, cheguei ontem da aldeia. Não sou quem vocês procuram."
"-Como sabes que procuramos alguém?"
Após esta frase, fui espancado violentamente toda a noite. Revezavam-se uns aos outros. Desmaiei algumas vezes, mas quando sentiam que voltava a mim, logo continuavam os espancamentos. Assim durou mais dois dias.
Não havia pedaço nenhum do meu corpo que não tivesse um golpe, uma nódoa negra, um rasgo de sangue. As dores eram insuportáveis.
Um cubículo em pedra bafienta era onde se encontrava o meu corpo, despido, despedaçado.
Os momentos em que desmaiava eram os mais felizes. Um rosto a sorrir, era tudo o que me lembrava.
Ouvi uns passos vir na minha direcção. "Ia começar tudo de novo", pensei.
Pegaram em mim, levaram-me para uma sala onde se encontravam dois homens. Nada disseram. Começaram a vestir-me e obrigaram-me a sentar na única cadeira que se encontrava na sala.
Colocara-me uma venda nos olhos. Levantaram-me da cadeira e aos tropeções e alguns pontapés fui seguindo por um corredor, empurraram-me por umas escadas abaixo, levantaram-me e senti que estava a entrar para um carro. "-Para onde me levariam?"
As portas fecharam-se. O carro arrancou. O sol! Era de dia! O sol queimava-me a pele. Ouvia as vozes na rua, o chilrear dos pássaros, os cheiros, o cheiro do mar. Onde estaria?
O carro parou. Tirara-me a venda. Os olhos ardiam com tanta claridade. Levei algum tempo a conseguir ver o que estava à minha frente. Sentia o cheiro do mar.
"-Vamos a andar, não temos o dia todo!"
Saí do carro. Encaminharam-me para um navio. "Um navio!"
"-Para onde vou? Eu tenho família. Têm que dizer aos meus pais para onde me levam!"
O cais encontrava-se cheio de gente, homens fardados que subiam por umas escadas onde se lia "Companhia Colonial de Navegação", para um enorme navio.
"-Para o teu bem, sobe essas escadas e não voltes tão cedo. Não eras quem pensávamos, e realmente nada sabias. Para não acabares como desaparecido, sobe as escadas e nunca mais voltes a Portugal."
"Nunca mais voltes a Portugal? Para onde ía? "
Peguei no saco que estava a meu lado, e encaminhei-me para as escadas. Não olhei para trás. A enorme armação de ferro que se encontrava à minha frente iria levar-me para longe, para longe dos meus pais, da minha aldeia, do meu país. O "Quanza" seria a minha liberdade? Para onde?
Subi as escadas calmamente. Alguns homens olhavam para mim e falavam baixo depois de passar. Nada me importava, só queria sair dali.
Quando levantou âncora, viam-se famílias inteiras a chorar, os que ficavam, os que partiam, tal como eu. Olhei para as pessoas que ficavam no cais e pensei nos meus pais. Como gostaria que ali estivessem.

(continua)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Muse - Hysteria


Amanhã devo estar perto...

Auditoria Externa

Amanhã, Auditoria Externa ao serviço.
Não bastou trabalhar no fim de semana, estar 12 dias sem folgar e amanhã ainda tenho que levar com auditores que só fazem perguntas descabidas.
Cá estarei à espera deles, como sempre, de cara alegre e bem disposta.
Quinta-feira, dia de viagem até Elvas para acompanhar a Auditoria lá.
Irá correr bem, senão correr, paciência.
Uma pergunta, não há cortes nas despesas? Então o que vêm duas maltezas de Lisboa cá fazer??? Não se podia fazer a Auditoria por teleconferência???
É melhor acabar por aqui, que isto já não está a funcionar a 100%. Qual 100%? Nem 30%!!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um Delírio XXI

(continuação)
O bafio inundava o espaço onde sentia que me encontrava.
Estava sentado, braços presos atrás das costas. Braços unidos por umas algemas que ao serem movimentadas, os dentes em serrilha vincavam cada vez mais fundo na pele.
Havia movimento na sala, mas tão pouco me queria ou conseguia mexer.
"-Estava a falar com ela. Só pode ser ele."
"-Já olhaste bem para ele? Não pode ser. Estar refugiado em Paris e aparecer assim à luz do dia em Lisboa?"
Mas de quem falariam. Embora dorido, fiquei mais sossegado. Não era eu! Não era a mim que procuravam.
"-Falei há pouco com o Pedroso. A Ana Maria continua a não querer falar."
"Ana Maria. Não queria falar? Que lhe estariam a fazer?" - pensei.
"-E que fazemos com este? Ele tem que falar! Ou um ou outro nos dirão o que queremos"
Sentia o sangue a escorrer pela cara. Os pulsos já pouco os sentia, o corpo estava dorido, e a cabeça, a minha cabeça praticamente não a sentia. "Que queriam estas pessoas? Eu não fiz nada!"
"-Eu não fiz nada!" - senti a minha voz sair mais alto do que devia.
"-Olha, olha quem acordou."
"-Onde estou?"
"-No Hotel não é, de certeza!"
A porta abriu repentinamente. Os dois homens que se encontravam na sala, voltaram-se. Um terceiro elemento entrou e ouvi que arrojava algo. Correntes? seria o som de correntes?
"- Meus senhores, isto já está a demorar muito tempo."
Senti que algo errado se iria passar e fechei os meus olhos.
(continua)

domingo, 13 de novembro de 2011

...

Não emigrei.
Fim de semana a trabalhar.
Vê-se pelas horas a que este post está a ser publicado, eheheh

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Distante

Quero morrer para te poder ver.
Quero sair do meu corpo, vaguear por entre casas, pessoas, cheiros, olhares, andar à deriva com a finalidade de te encontrar.
A tua ausência mata cada pedaço do meu ser, do meu corpo.
O teu desprezo golpeia a minha alma.
Dói quando te sinto distante.
Dói...

Névoa Mágica I



Serra da Penha - Portalegre

Amigo Pedro, não foi a névoa mágica de ontem, mas hoje perto das 8:30h estava assim...

(reeditado)

São Martinho


A madrugada chegou
Com as nuvens a ameaçar o ar
Regressava a casa São Martinho
Quando a chuva resolveu assentar

Forte guerreiro era São Martinho
Várias batalhas teve de travar
Mas o seu coração era bondoso
E a todos gostava de ajudar

A chuva caía em tormenta
O seu passo era certeiro
Seu cavalo corria a galope
Por entre serras, campos e outeiros

Pelo caminho encontrou um mendigo
E a sua frondosa espada desembainhou
Cortou ao meio a sua capa
E à pobre criatura a entregou

Seguiu o seu caminho mais airoso
E o milagre aconteceu
Parou a chuva e o frio
E o sol apareceu

E para que ninguém esquecesse este dia
Este dia milagroso
Por uns dias cessa o frio e a chuva
E aparece um sol radioso

Em Portalegre, cidade altaneira
É costume festejar-se o São Martinho
Passa-se pelas adegas
Come-se castanhas e prova-se o vinho

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Névoa Mágica

Hoje a serra presenteou-nos com o seu mágico manto de nevoeiro que cobria praticamente toda a cidade.
Um início de dia fantástico.
A chuva aos poucos foi ocupando o lugar do nevoeiro que se foi dissipando.
Mas lá no alto, bem no alto da serra, ele por lá andará, vagueando por entre a vegetação, abraçando os pinheiros, a nascente de água cristalina que mesmo nos períodos de maior seca, deixa sempre a correr um fresco fio, para matar a sede aos animais que a procuram.
E, quando por momentos a chuva abranda um pouco, lá vem ele, descendo, a correr, para de novo abraçar a cidade, as casas, as árvores, as pessoas.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

1+1= ???

Há alturas na nossa vida em que aquela expressão: " Pareço um burro a olhar para um palácio" cai que nem ginjas.
Como sabem, eu e os números temos um pequeno/grande problema. Não nos entendemos muito bem, inimizade de vários anos, mesmo.
Com a filha a estudar (6ºano) lá vou relembrando algumas coisas, mas há outras que nem sei muito bem o que ela está a fazer.
Ela lá estava toda entusiasmada a estudar (tem teste amanhã), falava sozinha, fazia contas, desenhava figuras geométricas e só me dizia:" Mãe na solução está este valor "x"? E lá ia eu confirmar. "Certo!" - respondia. E nada mais do que isto.
Eu não percebi nada do que ela estava a estudar ou a fazer. Mas como no último teste trouxe Muito Bom, tudo o que fez acertou, e ainda deixou duas por fazer, não estou muito preocupada.
Graças a Deus não saí à mãe para a Matemática, eheheheh

Penfriend

Os penfriend´s dos anos 80.
Numa altura em que os computadores não abundavam nas casas em Portugal, nem se ouvia falar em hi5, netjovens, facebook´s ou outros semelhantes, os penfriend eram moda, no 5º e 6º ano da altura.
A aprendizagem de uma língua nova, levava muita adolescente a inscrever-se.
Não me recordo muito bem, como se processou a inscrição, mas no preenchimento da mesma para além dos nossos dados pessoais que ficavam registados a nível mundial (diziam eles), podíamos escolher alguém com quem escrever. Escolhia-se o sexo, a idade e o país.
Escolhi um italiano, sexo masculino, da mesma idade que eu, na altura.
As semanas seguintes, foram vividas com alguma preocupação, angústia. Era uma correria pegada de volta da caixa do correio, que de tanta vez ser aberta e fechada, ainda lhe ia estragando a fechadura.
Chegava à escola e via algumas colegas já com o endereço dos penfriend´s que tinham escolhido a delinear as primeiras cartas e eu nada, nem o que escolhi chegava.
Certo dia, nem me lembro se chovia ou não, se estava sol, se nevava, quando cheguei a casa, tinha em cima da mesa um envelope colorido. O meu penfriend, tinha chegado!!!!
Assim que abri o envelope, lá tinha um nome, morada e era só começar a escrever.
As vezes que eu peguei naquele papel (ainda o tenho guardado, eheheh).
Escolhi na altura um papel de carta todo joli (bonito) e escrevi a primeira carta.
E até hoje o parvalhão do italiano não chegou a dizer nada. Nem um "não quero nada contigo!"
Michelle Migliorini não sabes o que perdes-te, eheheheheh
E eu que gostava e ainda gosto de escrever cartas, e nem um penfriend tive.
E o que mais me custou foi ver as outras colegas com as cartas dos seus penfriend´s e eu penfriendava com os amigos imaginários.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mutação Animada

W.i.t.c.h.
Sou de facto, a mutação animada mais fixe da história da bonecada.
No início dos 2000, fui Irma (cabelo castanho), a guardiã que controla a água, muito boa a lançar feitiços e com um excelente sentido de humor. Fazer desporto é que não é com ela, gosta mais de ficar deitada a ouvir música (de onde é que eu conheço isto???)
Ah é verdade fui escolhida pelo Oráculo de Kandrakar para ser Guardiã do Véu.
Sempre fui muito empenhada no meu papel de guardião da água.
Ser uma óptima nadadora deve ter algo a ver com isto, devo ter sido escolhida enquanto praticava natação na piscina em Portalegre.

Winx
Alguns anos depois, passei a ser Flora (cabelo castanho claro, Isto é sina!!! Não podia ser a ruiva??), uma rapariga delicada, muito dedicada às plantas e à vida. Sempre muito educada, amiga leal (de onde é que eu conheço isto?!!), tenho o poder da natureza, o que me permite usar as plantas a meu favor. Nasci no planeta Linphea e sou uma princesa (só podia!!).
Aqui, para além de princesa, também sou uma fada que luta contra as terríveis Trix e o Lord Darkar, gente ruim, logo se vê.

Gormiti
Agora sou, nem eu sei bem. Descobri hoje a minha nova faceta. Tenho asas cor de rosa, cabelo loiro ou branco(não dá para ver muito bem), mas a escolha também não era vasta pois os outros são meninos. Ah, e voo. Não sei muito bem o meu nome, nem o que aqui faço. A única coisa que sei é que sou das boas, e tenho umas asas cor de rosa, está é a parte que mais me agrada.
E, em relação às mutações anteriores, não sou tão bonita, mas é o que se pode arranjar.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um Delírio XX

Carlos Botelho - 1935
(Lisboa e o Tejo - Domingo)

(continuação)

Não devo ter dormido mais do que 2, 3 horas. O meu pensamento encontrava sempre o mesmo ser, a mesma pessoa. Aquela pessoa que queria esquecer que existia. Aquela que feriu a minha alma, deixou o meu ser a sangrar.
Encontrava-me em Lisboa. Lisboa, a capital que nunca tinha conhecido a não ser pelo jornal da aldeia e a qual tanto me assustava pelo seu viver, pelo seu costume. E, aqui, estava eu! Sozinho, em Lisboa. A dormir numa cama que não sei a quem pertencia, numa casa, com gente que não conhecia.
Mas tudo isto era preferível ao desgosto.
Ouvi uns passos apressados na rua. Uma porta abriu e fechou-se repentinamente. Vozes a falar em sussurro. Parecia alguém a discutir, mas sem fazer barulho.
"-Já disse que vou, mano! Já me inscrevi!"
"-Irás dar um desgosto à nossa mãe." - esta voz eu conhecia. O amigo que me convidou a entrar nesta casa. Estaria a discutir com quem?
"-Ires assim, para o meio da guerra!?"
"-Não serei a única, mano. Será a minha contribuição a ajudar quem mais precisa."
"-Na guerra? Em África? E para onde irás?"
"-Para onde me enviarem."
Estava tão envolvido pela conversa que nem dei que ao encostar-me a porta ela se abriu e dei por mim, no meio da cozinha com o meu amigo, e uma bonita rapariga. A mais bela que tinha visto até então.
"-Peço desculpa por o termos acordado."
"-Quem és este? A mãe continua a dar guarita a todos os vadios que encontra na rua? Não vos disse para não trazerem ninguém para casa, hoje em dia não se pode confiar em ninguém."
"- Peço desculpa por vir incomodar a vossa conversa. Eu sou de confiança, menina."
"-Também os outros eram, e passado algumas horas lá íamos fazer nova visita ao Aljube."
"-Chega Ana Maria!"- soou a voz forte da dona casa. "- Vai-te deitar! Falamos mais logo! Vão-se todos deitar, ainda é cedo!"
Embora a vontade não fosse muita, todos atenderam à ordem dada.
Voltei a entrar no quarto sombrio, e agora os meus pensamentos estavam no Aljube.
"O que seria? Teria alguma coisa a ver com o que a sr.ª lhe tinha dito?" e com estes pensamentos voltou a adormecer.
Quando acordou já o dia ia alto. Ouvia o tilintar de pratos e copos na casa ao lado.
Ao abrir a porta, deu de caras com a Ana Maria. Pelo menos tinha ficado a saber o seu nome.
"-Bom dia!"
"-Ainda cá estás?" - perguntou com desprezo, zanga. O que muito me entristeceu.
"-Não se preocupe, mesmo hoje ao final da tarde me irei embora." - respondi com tristeza.
Observava a sua esbelta figura, enquanto punha a mesa. Os cabelos loiros,compridos, ondulados, pareciam cachos de uvas, o olhar esverdeado pareciam duas safiras que nos cortavam até a alma, o peito formoso delineava até uma cintura esguia, à qual se copulava uma anca torneada, que faria sonhar qualquer homem. Uma mulher lindíssima!
"-Para onde estás a olhar, parvalhão?"
"-Peço desculpa, mil perdões, não era minha intenção!"
"-De novo a discutir, Ana Maria?"
"-Mãe, ele estava a olhar para mim."
"-Minha senhora, foi sem intenção. Sem intenção de ofender, mas realmente nunca vi mulher tão bonita como a sua filha."
Fiquei tão envergonhado, tão atrapalhado que as duas riram-se na minha cara.
"-Não se preocupe, a minha Ana Maria já está habituada a esses olhares. Realmente é uma mulher muito linda. Muito parecida com o meu falecido."
"-Mãe, chorar agora, não!"
"-Não, senhora, não chore, não fiz por mal"
"-A minha Ana Maria é a recordação mais bonita que tenho do meu falecido marido. Por ela tenho mantido esta vida, para ela conseguir trabalhar no hospital. Sabe é enfermeira há uma ano. O meu orgulho, e o do irmão também!"
"-Mãe, de novo não!"
"-Não. Não vou chorar! E o José para onde vai?"
"-Não sei ainda. Cheguei ontem a Lisboa, não conheço nada."
"-Não seja esse o problema. A Ana Maria está de folga, hoje vai levá-lo a conhecer Lisboa."
"-Mãe!!"
"-É uma ordem!"

Quando dou por mim estava a acompanhar Ana Maria pelas ruas de Lisboa. Não vi nada. O meu olhar, a minha atenção estava toda centrada naquele corpo torneado.
Sentámo-nos um pouco à beira rio.
"-Então o que o trás por Lisboa?"
"-Desgostos, menina Ana. Mas prefiro não falar disso, se não se importa."
"-Claro que não. Não quero ouvir desgraças alheias. Para isso já me chegam as dos doentes no hospital."
"-É verdade, é enfermeira. Gosta?"
"-É claro que gosto. Tudo o que sempre sonhei. E estou perto de concretizar o meu grande sonho."
"-Sonho?"
"-Sim, ser enfermeira em África. Estar perto dos nossos combatentes, dos nossos heróis da guerra." - o seu olhar brilhava ao falar de África, da guerra, dos combatentes.
Levei a tarde toda a ouvi-la falar. Por vezes sorria, acenava com a cabeça ou encolhia os ombros. A palavra era da Ana Maria. Aos poucos dei por mim a querer conhecer um pouco mais do mundo da guerra, do que haveria em África. Contou-me que era madrinha de guerra de alguns combatentes, e que tinha sido essa correspondência com eles que a estava a puxar para o continente africano.
Ela sorria ao falar, e aquela imagem, aquele sorriso fez-me tão bem. A minha alma, o meu ser já não estava triste, dorido, ferido.
"-Mas o que é preciso fazer para ir contigo?" - perguntei a medo.
"-Ires comigo? Para África? "
"-Sim."
Ouvi a sua gargalhada que repentinamente se calou. O seu olhar agora, mostrava medo, raiva. Colocou-se de pé e a sua voz um pouco embargada apenas conseguiu dizer. "Foge!"
Quando dei por mim, já dois matulões me seguravam os braços, um terceiro deu-me um soco nas têmporas que me deixou um pouco atordoado. Vi outros dois segurarem a Ana Maria e quando tentava soltar-me, levei um segundo soco e senti o meu corpo desfalecer.

(continua)

Hugo Boss Just Different ( Man )



A compra do perfume, trará bonús???
Eu quero este! O bónus, não o perfume!

Bronquias, onde andas?

É de conhecimento geral (mais ou menos) os meus problemas respiratórios.

Desde novinha a bronquite não me dá descanso e anos mais tarde a asma e as alergias vieram fazer-lhe companhia.

Desde o coçar do nariz, os olhos a lacrimejar e o arfar mais afoito, tudo por aqui passa.

Mas, isto da idade deve ter alguma influência cósmica.

Ou isso ou a Fluarix, pois há dois anos que "papo" com a vacina e quase nem dou pelas maleitas crónicas.

Comigo é assim, ou bem que se tem, ou se é de mansinho, não vale a pena.

Isto tudo para dizer que este fim de semana, andei pelos fumeiros do Alentejo e então não é que chego a casa e bronquite nem vê-la ou senti-la.

Será que se assustou com o meu cheiro???

Ou estará a preparar um ataque daqueles que nem me lembro em que dia estamos???

domingo, 6 de novembro de 2011

U2 - One - Anton Corbjin Version



Uma prenda para mim!!!
Só podia!! Bono Vox, no seu melhor! ESPECTACULAR!!!!!

37



Hoje só quero repetir e repetir este número, pois será o que me irá acompanhar por mais 365 dias.

Bom domingo para todos vós!

sábado, 5 de novembro de 2011

Encontro

A manhã está cinzenta.
O vento percorre todos os cantos da casa, "uivando" fazendo valer a sua presença forte, possante. Lá fora, as árvores quase que tombam com a sua força.A chuva caí ininterruptamente há mais de 24horas.A janela rangia um pouco à passagem do vento. O meu rosto encontrava-se perto da aragem fria da janela. Olhava lá fora a intempérie.
Um movimento no quarto fez o rosto voltar-se. Ninguém!? Nada!? Eu ouvi!
O corpo gela, fico imóvel.
Sinto uma respiração ofegante na direcção do meu pescoço.
Olho em volta, nada vejo!!
Será que consigo ver? Já nem sei se sou eu que não vejo ou se nada existe naquele quarto, escuro, velho.
Tento andar e não consigo. Agora, o meu coração dispara, o olhar denota medo. Que se está a passar? Onde estou?
Fecho os olhos. As lágrimas começam a cair. O meu corpo continua imóvel.
Sinto agora a respiração ofegante atrás de mim, perto demais. Sinto o seu movimento em redor do meu pescoço.
"- O que quer?" - pergunto a medo.
Algo tapa a minha boca, e ouço bem baixinho no meu ouvido.
"- Esperei por ti tanto tempo!"
Senti o meu corpo desfalecer de encontro ao chão de madeira...

(continua)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

...

Aaaiiiiiiiii quero fugir
Nada consigo escrever
Nada consigo pensar
Novembro chegou com a sua chuva
e a inspiração onde foi parar???

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Autumn in New York



Um dos mais belos filmes que já vi!
Ter Richard Gere como protagonista ajudou muito.
Uma belíssima história de amor.
Autumn in New York é um filme de drama e romance de 2000, dirigido por Joan Chen.

Aqui vai um pouquinho da história para aguçar o espírito romântico.

Will Keane (Richard Gere) é um playboy cinquentão que tem como promessa nunca ter um compromisso sério com uma mulher. Quando ele conhece Charlotte Fielding (Winona Ryder), uma jovem que tem a metade da sua idade, imagina que terá com ela outro rápido e fácil romance. Mas nada no relacionamento de ambos é fácil ou rápido. Apesar da diferença de idade, eles terminam se apaixonando perdidamente e fazendo com que Will resolva abandonar sua decisão de nunca assumir um compromisso amoroso. Mas Charlotte tem um sério motivo para recusar a proposta de ter uma relação com Will que dure para sempre: ela está morrendo.