segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quem??

Quem será a pessoa que me lê no país das Gueixas?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Um Delírio VI

Peder Mork Monsted

(Continuação)


A porta fechou-se com violência
Voltei-me rapidamente.
José encontrava-se à minha frente.
Recordei a primeira vez que nos vimos.

Tinha pouco mais de 10, 11 anos quando conheci o José.
Era uma altura em que nada me fazia mais feliz do que ler, brincar, descobrir. Os livros da biblioteca itinerante, as brincadeiras solitárias, as descobertas pelos caminhos até à aldeia.
Fora numa dessas viagens imaginárias que o vi pela primeira vez.
O sol, queimava-me a pele. "O verão, este ano, está mais quente do que o habitual" - ouvira dizer a meu pai tantas vezes.
O vestido às florinhas azuis tinha sido prenda da madrinha e o dia da visita do sr. Meireles era o dia ideal para o estrear. A mãe não queria que chegasse tarde. A D.Luísa tinha-nos convidado para lá ir jantar. Ao fim de muitos anos, o seu único filho regressava a casa. Ouvira dizer que tinha fugido por amor.
"- Não chegues tarde!" - disse a mãe.
Saí com a sacola dos livros. Hoje pesava mais do que o habitual. A paixão pela leitura fazia com que trouxesse cada vez mais livros para casa. O pai não gostava que lesse e a mãe, desde que não deixasse a casa por arrumar, não se importava muito.
Como sempre, o caminho até à aldeia era o mesmo, a imaginação é que mudava. Uns dias era um deserto, outros montanhas com neve, uma planície. Era uma amazona, uma terrorista, uma guerreira, uma princesa.
Ia assim com os seus sonhos, quando perto do riacho, encontrou um senhor com um olhar tão triste, diria que até já teria estado a chorar. Cabelo castanho escuro, olhos negros, tom de pele queimado pelo sol. Olhava fixamente para mim. Assustei-me um pouco e corri. Corri até não poder mais.
"Os livros!" Deixei lá os livros. E agora? Como os iria entregar? O que diria ao sr. Meireles?
Dei voltas e mais voltas. Como voltar lá? Não sabia quem era aquele homem.
Não podia ir falar com o sr. Meireles, não podia voltar ao riacho. Não podia dizer nada ao meu pai, pois nunca mais me deixaria ir à aldeia. O que iria fazer??
Sentei-me encostada à laranjeira. Os raios de sol passavam por entre a folhagem, e o cheiro a laranja inundava o ar. Fechei os olhos e pensei no rosto do riacho. Porque estaria triste e a chorar?
Não sei quanto tempo passou. "Acordei" com a voz da minha mãe.
Senti alguém perto. mas a voz da minha mãe parecia estar longe. O sol encandeava-me.
Tapei o sol com a mão, e bem perto de mim, estava o rosto do riacho. O que fazia ali? Ter-me-ia seguido? Quis chamar o meu pai, mas a voz não saía. Tentei levantar-me, mas as pernas não se mexeram.

(continua)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Orgulho Benfiquista



Não é que goste muito destas coisas, mas ontem à noite soube tão bem vencer os Leões e a jogar com menos um jogador, mais de metade do jogo.

Mas quem me conhece sabe que gosto e muito destas coisas.
GLORIOSO SEMPRE!!!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Serei sonâmbula?!?!?

Será possível uma pessoa falar, abrir os olhos e mexer-se enquanto dorme e não se lembrar de nada?
Estará a minha mente e o meu corpo tão absorvido por Morpheu ou estarei a entrar em algum estado de sonambulismo???
Por acaso ainda não me deu para me levantar da cama. Mas desde atender o telemóvel e não me lembrar, falar, estar com os olhos abertos e NÂO ME LEMBRAR de rigorosamente nada.
Qualquer dia ainda "vou" dar comigo no meio da rua. Perdida.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O cerco está a apertar

No dia dos namorados uma caneta.
Ontem um desenho, um poema, um bilhetinho...
Não me está a agradar nada.
A minha princesa a ser "assediada" por um catraio???

Esta noite até dormi mal. Cada vez que fechava os olhos "via" o cerco a apertar-se...

Quem me manda ter uma filha lindíssima (não sai à mãe), eheheh

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Diário de uma ribatejana arraçada de alentejana na capital

Em pleno séc. XXI, Portugal continua a não ser um país tão desenvolvido como se quer fazer passar aos estranjas.

5:30h - Hora de acordar!! Acordar a esta hora?!? Não quero! Quero dormir mais!! Chove torrencialmente e ainda é de noite cerrada.
6:20h - Deixo a cidade acolhedora debaixo de uma madrugada chuvosa, fria. À medida que me afasto, fica um vazio no peito. A serra vai ficando distante e o nevoeiro ao pouco vai escondendo a sua beleza.
8:00h - Chegada à ponte Vasco da Gama, a chuva parou, como se nos quisesse engulosar a chegada à capital. De facto, a paisagem do rio Tejo a "caminhar" para o seu encontro com o mar salgado, é deslumbrante. O céu em três tons cinza, o sol a querer romper pela espessa camada sólida criou imagens deslumbrantes.

Começa o tormento.
A belíssima paisagem começa a ser cortada por carros, ora ultrapassavam da direita, ora da esquerda, só faltava mesmo passar por cima. Um pára, arranca que não lembra a ninguém. Buzinas para um lado e para o outro. Pessoas a gesticular, gritar, barulho, confusão, sujidade. Quero ir para casa! Lisboa não é para mim.
Quero a calma do meu Alentejo.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Prenda do dia dos Namorados??????

"- Mãe, deram-me uma caneta."
"- Uma caneta? Quem te deu a caneta?"
"- O Tiago."
"- TIAGO?!?!? Quem é o Tiago? E porque te deu a caneta?"
"- Não sei. É da turma da A.G. e deu-lhe a caneta a ela para me vir entregar. Tem a música do Camp Rock."
"- Mas porque é que o TIAGO te deu a caneta?"
"- Por causa do dia dos namorados."
"- A.S.S.D Tu tens um namorado?????"
"- Não. Só me deu a caneta."


A minha princesa, JÁ a receber presentes, e no dis dos namorados???? Não em agradou nada, mesmo nada.
Já me estou a imaginar de espingarda em punho, a apontar em todas as direcções masculinas, quando a fôr buscar à escola.
Anda aqui uma mãe a apaparicar a filhota, para agora vir um badameco e oferecer canetas que tocam música?!?!?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Passar a noite


Por aqui queria passar
Por aqui queria descobrir
O teu ser, o teu corpo, o teu olhar
Afogar o meu destino, e depois emergir
Emergir um novo ser
Lutar, batalhar
umas vezes ganhar, outras perder...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Anjo Caído

O Anjo Caído

Era um anjo de Deus
Que se perdera dos céus
E terra a terra voava.
A seta que lhe acertava
Partira de arco traidor,
Porque as penas que levava
Não eram penas de amor.
O anjo caiu ferido,
E se viu aos pés rendido
Do tirano caçador.
De asa morta e sem splendor
O triste, peregrinando
Por estes vales de dor,
Andou gemendo e chorando.
Vi-o eu, o anjo dos céus,
O abandonado de Deus,
Vi-o, nessa tropelia
Que o mundo chama alegria,
Vi-o a taça do prazer
Pôr ao lábio que tremia...
E só lágrimas beber.
Ninguém mais na terra o via,
Era eu só que o conhecia...
Eu que já não posso amar!
Quem no havia de salvar?
Eu, que numa sepultura
Me fora vivo enterrar?
Loucura! ai, cega loucura!
Mas entre os anjos dos céus
Faltava um anjo ao seu Deus;
E remi-lo e resgatá-lo,
Daquela infâmia salvá-lo
Só força de amor podia.
Quem desse amor há-de amá-lo,
Se ninguém o conhecia?
Eu só, - e eu morto, eu descrido,
Eu tive o arrojo atrevido
De amar um anjo sem luz.
Cravei-a eu nessa cruz
Minha alma que renascia,
Que toda em sua alma pus,
E o meu ser se dividia,
Porque ela outra alma não tinha,
Outra alma senão a minha...
Tarde, ai! tarde o conheci,
Porque eu o meu ser perdi,
E ele à vida não volveu...
Mas da morte que eu morri
Também o infeliz morreu.

Folhas Caídas
Almeida Garret
Um dos meus preferidos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Perguntas Difíceis

Porque será que, quando alguém se dirige a uma repartição pública, pensa de antemão que vai ser mal atendido e começa logo a "espingardar" sem necessidade????

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quem?!?


Sinto o meu corpo de novo.
As pálpebras aos poucos vão-se abrindo. A pouca claridade cega-me.
O dia lá fora está cinzento. Ouvem-se as ramagens das árvores dançar ao compasso do vento. Ao longe, um farol. Estou perto do mar? Sinto o seu cheiro. Sinto a sua dor, agonizante, como se quisesse entrar ferozmente pela terra, alagando tudo à sua passagem.
Os meus braços elevam-se o mais alto que consigo. Quero ir para longe. Ver, cheirar, sentir o mar. Estou presa!
Onde estou?!
"Calma! Vais magoar-te!" - ouço uma voz sussurrar no meu ouvido.
Esta voz! Conheço esta voz.
Olho em todas as direcções, não vejo ninguém.
"Quem está aí?" - pergunto, um pouco a medo.
"Quem está aí?" - ouço a minha voz ressoar bem longe.
Quero fugir. O meu corpo continua preso.
Um pequeno toque na minha face, acalma a minha luta feroz.
Sinto-me cansada!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Novo Presidente



O médico especialista em imunohemoterapia Álvaro Beleza é a partir de hoje o novo presidente do Instituto Português do Sangue (IPS), sucedendo no cargo a Gabriel Olim.

Álvaro Beleza, que neste momento dirige o Laboratório de Saúde Pública do Algarve e coordena a rede regional de sangue do Algarve, foi antes diretor do Serviço de Sangue do Hospital de Évora e coordenador da rede regional do Alentejo.

Seja bem vindo!