O vento soprou forte.
O cabelo parecia que bailava ao compasso do vento fresco.
As madrugadas quentes, ofegantes, ficaram para trás.
Gélido é o ar que passa pelo corpo, despido.
Sento-me à janela, observando o pouco que o nevoeiro deixa vislumbrar.
As luzes, lá fora, ainda estão acesas.
As árvores dançam a música que a madrugada toca.
Encosto a mão no meu rosto e deixo a cabeça descansar, encostada na vidraça.
O corpo, despido, começa a arrefecer.
Chegas devagar e encostas o teu despido corpo junto a mim.
Os teus braços envolvem o meu tronco, as tuas mãos acariciam os meus seios. Sinto os teus lábios, saborear o meu pescoço.
Fecho os olhos e deixo-me levar.
Os nossos corpos unem-se num só. Envolvemo-nos ardentemente no chão da sala.
Sinto-te intensamente.
O nosso olhar encontra-se uma vez mais.
A noite está perto de chegar quando nos deixamos vencer pelo cansaço.
Lá fora, a noite brinda-nos com lua cheia.
Ficamos deitados, unidos como um só ser.
O nevoeiro vai descendo pela serra.
Aguardamos a chegada de Morpheu...