segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vida a Cores ou a Preto e Branco.

The Cure

O quanto nos tornamos inesquecíveis na vida de outras pessoas sem o sabermos.
Década de 80, era eu uma adolescente consciente (inconsciente, tinha dias), vestia de preto com as correntes que se usavam na altura, botas Dr. Martens, e o cabelo bem curtinho com muito gel. Estilo vanguarda, como era designado. Lia o "Blitz" à quarta feira. Ouvia "The Cure", "The Clash", "Echo and the Bunnymen", "U2"... (hoje em dia ainda ouço, não tanto como gostaria).
Os anos foram passando. O preto foi dando lugar a novas cores, dando alegria aos meus avós que não gostavam muito da minha indumentária negra. Passei pela fase negro e branco, azul, vermelho, rosa.
Passado quase 20 anos, estou eu em Castelo Branco às compras, quando ouço: "Ao fim de tantos anos, continua revolucionária, Menina C.S.!" Olho para trás e reparo no meu professor do 10º ano de Sociologia. Cumprimentámo-nos. Recordámos velhos tempos, e ao fim de tantos anos ainda se lembrava do meu nome completo.
E porque teria dito o professor que continuava revolucionária???
Eheheheh a indumentária era negro e cinza eheheheh.

4 comentários:

  1. Olá! Venho dizer-lhe que gostei imenso do seu post!
    Os Cure eram -são-muito bons, ouvia-os porque a minha filha os ouvia. E gostava sempre de os ouvir. De facto, foi ela que me impediu de "crescer" (para não usar outro termo mais duro...) cedo de mais.
    Imaginei-a na sua indumentária negra, gel, e dei por mim a rir.
    Acho que o seu professor tem razão:continua "revolucionária" e isso é muito bom!
    Abraço forte
    M.J

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  2. Obrigado MJ Falcão.
    De facto continuo uma revolucionária. Soube bem recordar outros tempos.
    O ter começado a trabalhar cedo, fez mudar um pouco a minha indumentária, mas ao fim de semana "sou livre".
    Um abraço
    Carlota

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  3. Outro ponto em comum: gostamos as duas da Agatha Christie! E outros, claro.
    Em miúda ia "roubar" livros à estante da minha mãe onde estavam os Vampiros e levava um para a cama...
    Beijinho
    M.j

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  4. Eu ia à biblioteca, requisitá-los. Nas férias ia todos os dias. A D.E. guardava-me os que sabia que eu gostava para levar para casa. Muitas das vezes ia buscá-los de manhã e entregá-los à tarde, quando não passava lá os dias, eheheh.
    Beijo

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