Ergues possante o teu ser
Inebriando minha alma
Fortaleces, enfraquecendo-me
Tanto cuidado, tanta calma
Da escuridão, uma companhia
Transformando o meu ser
Pele rasgada ao emergir
pela ânsia de beber, por viver
Água! É tudo o que desejo
Apertada, lentamente sufocada
Marcado o meu corpo ressequido
Na terra renasci, abandonada
Troveja ao longe no firmamento
Mil raios faíscam pelo céu
Hum! Que cheiro a terra molhada
Cheiro forte, só meu!
Cheiro intenso que me enlouquece
Humidade envolvente, divina
Ouço a chuva ao longe
Imagino gotas cristalinas
A terra move-se intensamente
Numa luta furiosa
Castiga uma vez mais meu corpo
Debato-me no leito, formosa
Gota a gota vão caindo
perto, cada vez mais perto
Sinto-as passar a meu lado
Sinto meu corpo, liberto
Já não aguento mais.
Quero sair! Não pode tardar!
Meu corpo recebe furioso castigo
na luta, revoltosa. Tem que acabar!
A água chega enfim
Encharcando tudo ao passar
Para mim foi tarde o milagre
Desfaleci, sofri, acabou por me matar!
Mais um belissimo poema.
ResponderEliminarSempre que te visito surpreendes-me com palavras intensas...palavras que fazem com que eu viva e sinta cada momento, cada sentimento...uma fonte de água viva :)
Obrigado
Bjinho
Luis
Anónimo Luís.
ResponderEliminarÉ bom saber que a minha escrita faz isso tudo.
Obrigado pelas tuas palavras.
Beijo
Se a inspiração não voltou, então eu não sei o que esse poema é.
ResponderEliminarCheio de vida e de encantamento.
bjs nossos e meus
Minhas Princesas Cozinheiras.
ResponderEliminarA inspiração tem-me pregado partidas, e quando ela me visita é de aproveitar, eheheh
7 beijos brilhantes