quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A despedida dos pardais

O Covil dos Pardais



A época da caça ao pardal terminou.
Houve dias, em que se debatiam tanto para a fuga, que era complicado ouvir o seu chilrear. Chegavam de todo o país, continental, das ilhas e até tivemos uns pardais arraçados de espanhóis e venezuelanos.
Os pardais-fémeas fizeram valer a sua raça tanto no esforço físico como intelectual. E, eram quem mais incentivavam os colegas de ninho a esticar a ráquis para se puncionar o filamento apropriado. Os machos, bem querem ser Machos, mas são uns mariquinhas.
Este ano a caçada não correu mal, pouco mais de 600 dádivas de sangue. Só pardais! Ele apareceu o pardal-soldado, o pardal-cabo, o pardal-capitão e até o pardal-major.
Mas devemos ter acolhido bem este bando, pois houve alguns, que não vieram só uma vez. Houve quem tivesse vindo, duas e três, e mais não puderam pois os homens, ai pardais é de três em três meses e os pardais-fêmea de quatro em quatro.
Como já mencionei, a caçada terminou hoje e para acabar bem, fui ao covil dos mesmos.
Lá estavam, dezenas em bandos, a aprumar-se à direita, à esquerda, conforme a voz de comando do pardal-capitão. É muita voz de comando para o meu gosto.
Lá prossegui a visita, breve, pois o que ali me levou foi serviço, e não passeio. E eis que chego ao ninho pardalesco. Fresquinho sem dúvida, mas sem luz natural. Como trabalhei 14 anos num sítio parecido, hoje em dia faz-me confusão não ter luz natural, pode até estar um dia cinzento, mas tem que haver luz onde estou.
Conheci o pardal-cabo com quem falei telefonicamente desde Janeiro, e após estes meses todos acho que o convenci ir ao covil dos vampiros para a semana.
Aos pardais que me passaram pelas mãos, desejo-lhes as maiores felicidades, que aproveitem o dia, a noite, a luz, as estrelas, a lua, e que saibam respeitar a vestimenta que usam.
Ah é claro e que não me multem!!!!

12 comentários:

  1. O meu post de amanhã, pela manhã, tem algo a ver com este. Pelo menos no que concerne à necessidade de desfrutar o ar livre.

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  2. Estimada Comadre Carlota,
    Pelos vistos teve que ir ao Porto para apamhar toda essa pardalada, ainda bem que a caça foi útil.
    Eu nunca dei sangue, o tenho tipo A-, talvez por isso nunca o dei.
    Um abraço amigo

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  3. Agora boiei, nos faltam material palpável para o devido entendimento do que sejam pardais aí em Portugal...em Brasileirês podem ser os pequenos que voam e não estão em extinção ou período de caça, ou os eletrônicos que fazem parte do nosso cotidiano no transito.

    bjs das estrelas confusas que piscam, piscam procurando entender.

    bjs das 5

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  4. Até fiquei apardalado com o post, Carlota!! :))
    Bjs

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  5. Carlos.
    Caro Compadre.
    Minhas estrelas da cozinha.
    Catarina.
    Pedro.

    Obviamente que os pardais que falo, em sentido figurado, são os soldados da gnr, que este ano tão bem contribuiram com pouco mais do que 600 dádivas.
    Quando eles chegaram, em Janeiro, escrevi um post sobre a vinda deles, mas nessa altura usei a farda da gnr, mas desta vez achei engraçado colocar mesmo um pardalito.

    Beijos Beijos

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  6. Ah...ah...ah.
    Gostei desta metáfora e da forma como terminou o post, Carlota.
    Parabéns e que os pardais tenha aprendido e voem em perfeição.
    Bjs. :)

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  7. Eu também fiquei um pouco apardalado,mas está muito giro menina Carlota. bj.

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  8. Ana.
    Os post´s dedicados aos pardais tinham mesmo que ser assim, engraçados.
    Beijo

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  9. e eu que guiei estes pardais tantas vezes adorei ler a despedida dos pardais

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  10. Cabo Andrade.
    Finalmente a sua visita.
    Ainda bem que gostou.
    Volte mais vezes.
    Beijo

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