
Irei ser suspeita a falar, pois de política, como os meus amigos já sabem, não percebo, nem quero perceber. São meandros demasiado oportunistas para a minha simples pessoa, do povo.
Um ciclo que começou unido, como um bouquet, que iria fazer frente a tudo e todos, o nascer de uma roseira frondosa, revelou-se com o passar do tempo, que nem todos estavam dispostos a segurar tal bouquet.

Os pés de flor, ao pouco foram caíndo. E, no fim restaram poucos mais de duas rosas, que até já o pé tinham perdido, mas mantinham-se unidas, agarradas à vida, agarradas aos ensinamentos de um velho do Restelo, que mesmo afastado, ainda impõe a sua presença.
Acabou a flor por murchar, como se viu ontem.
E até o dia que começou solarengo, acabou num cinzento, quase negro, fazendo adivinhar o fim triste, trágico de tal bouquet.

Como já todos sabem, a era é da laranja. Não a laranja mecânica, que essa pertence à Holanda dos idos anos 80. Mais a laranja do nosso Portugal, grande, robusta e cheia de sumo. Encontram-se alguns caroços pelo meio, mas também nem tudo é perfeito.
E, se repararmos bem, junto às laranjas, encontram-se já alguns oportunistas limões, azedos, ácidos, que ao juntarem-se ao doce da laranja, ninguém dará por eles, mas eles estão lá a feirar.

A laranja acabadinha de chegar, irá despir-se para todos nós, com falinhas mansas, com promessas que irão tardar a ser cumpridas, mas não interessa. O importante neste momento é mostrar o gomo, e fazer escorrer o sumo que ela tem.

Quanto ao sumo, o que não seja escorrido, irá ficar com mofo, bolorento, sem graça nenhuma.
E áqueles que ontem se riam, festejavam, dançavam, irão comer da laranja bolorenta que um dia pensaram que lhes mudaria a vida.

E pronto, foi a visão da nossa política.
Para quem afirma que não percebe e nem quer saber da politica, parece que deixa bem "vincado" a cor de preferência!!
ResponderEliminarÉ uma nova era. Se o caminho será diferente só mais tarde o saberemos....
Luis
Caro Luís, independentemente da cor preferida, o post é uma brincadeira às eleições.
ResponderEliminarSabes que não gosto de falar de política.
É uma nova era, isso sem dúvida. Para o melhor ou para o pior, só o tempo o dirá.
Um abraço!
Estimada Amiga Carla,
ResponderEliminarE diz vocemecê que nãO percebe de política, ora se precebesse qual seria a retórica com que nos brindaria?
Adorei seu maravilhoso relato e estou 100% de acordo com seu pensamento.
Eu de política, igualmente nada percebo, de flores e frutos ainda alguma coisa, mas o jardim à beira mar plantado, pouco ou nada já produz de qualidade.
Para por o país de novo em linha, seria preciso uma Oliveira e um Pombal.
Abraço amigo
Mar do Poeta é a minha visão como mera espectadora.
ResponderEliminarPara o país seguir em frente, precisamos muito mais do que a Oliveira e o Pombal, precisamos voltarmo-nos de novo para a terra que temos, aproveitar os recursos naturais de que dispomos. Aproveitar as nossas florestas, a nossa agricultura, enfim coisa que muitos já não sabem fazer.
Um abraço, caro Mar do Poeta, pois se continuar ainda me vêm buscar para presidente da junta de freguesia eheheheh
Gostava de não perceber de política como a Carlota. Talvez assim me fosse possível escrever um post brilhante como este.Do melhor que li no rescaldo da noite eleitoral.
ResponderEliminarCarlos uma visão meramente formal. Como já disse, não percebo nada.
ResponderEliminarO seu elogio valeu, milhões...
Obrigado!!
PS: Já chamei os bombeiros por causa da inundação no serviço. Que babada fiquei!
Liiiindo, Carla! Uma visão realista e tb poética!!
ResponderEliminarParabéns!
Olá Carlota,
ResponderEliminarGostei desta viagem política.
Estou em sintonia!
Bjs. :)
Claro que queres saber da política! Se não, não tinhas escrito o que escreveste, minha querida Carlota!
ResponderEliminarOs citrinos são perigosos para o estômago, dizem-me sempre...
Vamos ter com certeza muitos "amargos de boca" ( e não só...)
beijinhos "alentejanos" aqui da
orla do mar e...paciência!
Ah! nem sonhar com Oliveiras!
ResponderEliminarO Marquês ainda teve algum mérito, esse sim...
Se não, não tínhamos a bela Fábrica real na nossa terra!
Agora "oliveiras" ... Não! Nunca! Jamais!
Jaime, agradeço a sua visita e o seu comentário.
ResponderEliminarEspero que volte mais vezes.
Um abraço!
Ana. Agradeço a visita.
ResponderEliminarUma viagem política de quem pouco ou nada percebe.
Um abraço!
Minha querida MJ de política pouco ou nada percebo. Esta visão foi escrita assim, ao sabor do vento, ia saindo.
ResponderEliminarAguardaremos os amargos dias que todos iremos passar.
Oliveiras, não, essa Oliveira jamais. É mesmo Oliveira árvore, eheheheh.
Um abraço deste alentejo da seara ondulando ao vento!
Um beijo, Carlota! É assim mesmo!
ResponderEliminarManuel Poppe
Há coisas que são mais universais do que gostaríamos.
ResponderEliminarUma delas é o comportamento de umas tantas pessoas (pois são as pessoas que fazem a política).
Abraços, minha cara amiga d'além-mar...
Meu Amigo Manuel a sua visita é sempre um surpresa agradável.
ResponderEliminarUm abraço!!
Eduardo. A política cria meandros difíceis de perceber ao mais comum dos mortais. Mas como você diz, é mais universal do que pensamos.
ResponderEliminarAgradeço a visita!
Um abraço d´além mar!
Excelente, Carlota, excelente!!
ResponderEliminarQuem é que lhe ofereceu as laranjas e as flores?
Não me diga que foi o Paulinho das Feiras :))
Pedro. Do Paulinho das feiras só as flores murchas e a laranja bolorenta... ele bem lá se quer infiltrar no meio das laranjas, para passar despercebido. Vamos ver é se não nos afunda de novo com submarinos.
ResponderEliminarUm abraço!
Já estranhava o comentário, mas como soube através de um compadre que ontem foi aí feríado, fiquei mais descansada.