terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mar

O vento sopra fortemente. Uma brisa fresca, revolta-me os cabelos.
Sigo, só, por um caminho agreste, descalça, meio despida.
Os ramos arranham o meu corpo, pequenas gotas de sangue escorrem por mim.
Procuro-te.
Ouço o barulho do mar, a bater com violência nas rochas.
As lágrimas gelam no rosto.
Chego ao início do precipício. O mar chama por mim. Salto.
A água salgada faz arder o meu corpo que não se debate contra a violência das ondas.
Não sei quanto tempo terei estado dentro de água.
Acordo no areal de uma praia.
O sol, aquece o meu corpo, o meu espírito.
Perto, uma presença segue na minha direcção.
Não consigo manter os olhos mais tempo abertos.
Sinto os teus lábios nos meus...

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