quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dádivas

Há dias assim.
Temos que arranjar forças (ainda que o nosso corpinho não seja do mais corpulento) onde não pensamos que elas existam.
Chegam todos másculos, com vontade para dar e vender.
Quando os começamos a ver a cair que nem tordos, à nossa frente. não sabemos muito bem se estão numa posição de pedir perdão pelos erros cometidos, ou se nos vão fazer uma declaração de amor. Isto no caso dos meninos, claro.
No caso das meninas, não sabemos muito bem qual o efeito que proporcionamos.
Ainda hoje, estava uma à minha frente, com um olhar tão vazio, meigo, singelo, que parecia querer gritar por ajuda, e não era capaz. Após várias tentativas da minha parte em saber do seu bem estar, começa a cambalear mesmo à minha frente.
Saio em seu auxilío. Pelo menos ao chão não caiu. Mas eu, com os meus míseros 52kg lá fui arranjar forças, onde não sabia que existiam e lá a consegui deslocar ao cadeirão de apoio.
A dádiva de sangue, um acto tão importante, mas que ainda não está tão enraizado na nossa sociedade.
Por isso, mesmo que seja para nos cair aos pés, toca a dar sangue, que nós estamos cá para os socorrer.

8 comentários:

  1. Confesso, já há muito que não assistia a um 'serviço público' tão original e divertido. Estás em grande, Carlota. :)

    Beijo.

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  2. O "serviço público" como lhe chamas não é só da minha parte, é de toda uma equipa de trabalho.
    Beijo

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  3. Falava apenas e só do teu texto. Não sabia que tinha sido escrito em comum. :)

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  4. Claro que fui só eu que escrevi.
    Escrevi e prestei auxílio.

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  5. Claro que sim, tola! :)

    Beijoca.

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  6. Gosto do que escreves aqui nesta passagem e do modo como o fazes.
    Um beijinho

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  7. Obrigado João.
    Como tu me compreendes, não é??
    Beijokas

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