domingo, 16 de maio de 2010

A minha Morte

Sonho com algo
Que pode nunca acontecer
Anseio por algo
Que me faz enlouquecer

A noite chega por fim
e com ela a escuridão
Sinto que me afundo
Só vejo podridão

A neblina é cerrada
Não vejo quem se afigura
Sinto que estou errada
Será que é loucura?

Vens chegando devagar
O luar vai-te denunciando
Toca-me como gosto
Vamo-nos amando

As folhas vão caindo
Ao longe o céu troveja
Sinto a morte perto de mim
Não quero que me veja

Sinto um frio gélido
O meu corpo vai estremecendo
Quem será que me toca?
Não estou reconhecendo

És tu, meu Amor de outras vidas?
Como te queria neste momento
O meu corpo vai definando
Sozinha e sem contentamento

Sinto a minha alma voar
O corpo despojado pelo chão
A morte veio e levou-me
Como é triste esta solidão

A minha morte foi solitária
Mágica, triste e silenciosa
Pensava em meu amor
Como estava desejosa

Sem comentários:

Enviar um comentário