sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Folhas...brancas
Observo a minha mão que segura uma caneta repousando sobre uma folha branca.
Tão diferente da mão que pegava num lápis e fingia que escrevia estórias, enquanto a imaginação flutuava. Sonhava que um dia iria ter uma caneta como a do avô, ou mesmo até como a do senhor da mercearia.
O desenho formado pelos meus dedos, finos, apoiados na folha branca, o polegar e o indicador segurando a caneta, era das mais belas pinturas que os meus olhos viam. Sonhava que iria ter uma lilás, como se isso fosse possível na altura, ou então uma pena preta e uma caixinha com tinta. Isso é que era!
Um dia experimentei escrever com uma pena do galo que foi o jantar no dia antes e a graxa dos sapatos do avô. Não correu bem, mas naquele momento senti-me uma verdadeira escritora.
Por vezes, quando a imaginação anda mais desvanecida, pego numa caneta e uma folha branca e lá deixo a mão repousar. Olho-a com o mesmo olhar infantil, aguardando. Por vezes, nem que seja uma simples frase, pequena, é escrita com tanta paixão. Lentamente a mão desliza de um lado para o outro, deixando atrás de si um rasto de letras, palavras, frases onde o sentimento de amor, paixão fica marcado.
Não há paixão maior que escrever numa folha branca com uma caneta, como está a acontecer neste momento, e em quase todos os momentos da minha escrita, que começou com a observação da minha mão, de caneta em punho, repousada numa folha branca...
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Lindissimo texto
ResponderEliminarSurpreendes-me sempre com as tuas palavras. Nunca desistas do teu sonho :o)
Beijocas
Luis
Que essa folha branca lhe acompanhe. Inspiradora, maravilhoso e próprio de grandes mulheres escritoras.
ResponderEliminarbjs nossos
Anónimo Luís.
ResponderEliminarUm sonho pelo qual irei correr sempre atrás.
Beijoca
Belas Princesas Cozinheiras.
ResponderEliminarHá sempre uma folha branca perto de mim.
7 beijos de saudades