quinta-feira, 18 de julho de 2013

Luar roubado

Imagem retirada da net
Brindas a minha noite com os teus raios cor de prata, brilhantes.
É na solidão do meu quarto que todos os desejos, sonhos, se tornam reais.
Deitada sobre a minha cama, o lençol envolve as minhas pernas, deixando o restante corpo desnudo. A noite está quente. O sono teima em chegar.
A mão desliza pela almofada, pelo lugar vazio que se encontra ao meu lado. Fecho os olhos tentando imaginar o teu corpo, o teu cheiro, aqui. Os braços agarram a almofada e deixo os lábios saborear um beijo imaginário...
Suavemente sinto a tua mão deslizar no meu corpo, passando a um toque possante que faz estremecer o meu ser.
Não quero abrir os olhos, quero continuar a sonhar, desejo, quero!
Envolves os meu corpo despido nos teus braços. Sinto o teu corpo quente, ardente, ardendo de paixão.
Saboreio os teus lábios, sentindo o teu beijo ofegante. Estou a sentir!
Não consigo fazer nada a não ser sentir, o teu toque, o teu corpo, o teu beijo, o teu desejo entrar dentro de mim.
Amas o meu corpo, enquanto o luar vai desenhando os nossos corpos envoltos pelas paredes, pelo chão.
É ele que te trás até mim.
O sol entra pela janela, acordando-me. Não quero olhar para o lado e ver a cama vazia. Lentamente a minha mão desliza pelo lençol vazio. Saio da cama, do quarto, deslizando o meu corpo pelo corredor escuro. Subo as estreitas escadas interiores, que me levam até ao sótão. Ao abrir o pequeno alçapão vejo o quarto minguante roubado na noite.
Sendo ele que te trás até mim, agora tenho-te tantas as vezes que desejo.

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