terça-feira, 26 de julho de 2011

A Praia da Minha Vida

Escolhi o dia de hoje para escrever sobre a praia da minha vida.

Hoje por ser o dia de anos da minha mãe, e ao mesmo tempo o dia dos avós.

Avós esses, que tentaram cada uma à sua maneira, moldar a mulher que hoje sou.

Quem me conhece pessoalmente, ou mesmo até por aqui, sabe que os meus avós foram pessoas muito importantes no meu crescimento.

Moro no interior alentejano, por isso, por aqui, o que mais se aproxima de praia são as barragens.

Os tempos eram bem diferentes de hoje em dia.

A Nazaré com a sua praia, era o que ficava mais perto de Portalegre. O dinheiro não abundava. E para irmos todos à praia ficava dispendioso.

Íamos um dia à Nazaré em excursão. Saímos bem cedo e regressávamos só à noite.

Mas não, de facto a praia na minha vida, não é a Nazaré.

A minha avó mora numa casa, que se encontra rodeada por um pequeno pátio.

Era ali, debaixo de uma videira com os seus cachos de uva dependuradas, com o pessegueiro carregado de pêssegos, a macieira com as suas maçãs saborosíssimas, que eu estendia a minha toalha de praia.

Primeiro era o banho da mangueira, que servia para regar o pequeno jardim. Nos dias de mais calor, o pequeno tanque para lavar roupa também servia para me refrescar.

E depois pegava num livro e era apanhar banhos de sol, com alguma sombra à mistura.

Adorava a minha praia. A praia da casa dos meus avós.

Qualquer dia, hei-de ir de novo à minha praia e levar os meus filhos.

26 comentários:

  1. Estimada Comadre Carlota,
    A sua praiaéra um pouco diferente da minha.
    Eu tive mais sorte, todos os anos ia passar férias a Sesimbra, mas pago pela Assitência Social.
    Mas foi no Rio Degebe que aprendi a nadar.
    A minha casa era e lá se situa no centro historico da cidade, não tinha parreiras nem macieiras, mas tinha um tanque onde minha saudosa mãe lavava a rupa que nos servia de banheira.
    Por fim quis o destino que eu passa-se parte da minha vida no mar.
    Praias da minha vida tenho muitas, mas todas elas na Tailândia.
    Agora com o calor que assola o Alentejo, seria bom, para si, regressar a essa praia de sua avó.
    Um abraço amigo
    Saudações nauticas

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  2. Caro Compadre.
    Praias bem diferentes, sem dúvida.
    Vou algumas vezes a casa da minha avó, mas nunca mais lá fiz praia, quem sabe para a semana, vou lá pasaar o dia.

    Abraços!!!

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  3. Carlota querida
    Adorei ler a estória da tua praia, as recrdações por vezes fazem-nos sentir saudades, não é linda? Sabes em casa do meu pai também havia uma parreira enome,já escrevi sobre ela, também existiam árvores de fruta e o tanque mas enorme que se enchia para regar o quintal,tal como em minha casa depois de casar eu tinha tudo isso,tanque e muitas arvores de fruta, só deixei de ter quando faleceu meu marido, minhas filhas adoravam no verão tomar banho de mangueirada, quando davamos por ela já estava eu e o pai debaixo da mangueira, elas não nos deixavam escapar.
    Beijinho

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  4. Flor de Jasmim.
    São recordações muito boas as que tenho dos meus avós. Recordar com saudades sempre. Só a minha avó é que é viva. O meu avô, que considerei como meu pai (faleceu tinha eu 5 anos)foi uma presença importante em toda a minha vida.
    Os banhos de mangueira são fantásticos.
    E a minha praia lá está, um pouco abandonada, mas cheia de vida com as recordações.
    Um abraço!!

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  5. Banho de banheira, de bacia grande... de tanque. Essa é a parte boa. Inventar, nunca se esquece e olha, quando for lavar o carro, lave você mesma com as crianças, a gente disfarça e acaba tomando banho de mangueira de novo.

    bjs grandes...

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  6. Carlota
    As praias da nossa vida são aquela onde nos sentimos bem e deixam recordações agradáveis. Com Mar ou sem Mar.
    O seu Alentejo lebrou-me uma estória passada lá mais para baixo. Para aí quase há 30 anos. Era vendedor e percorria todo o Alentejo (Alto e Baixo) durante uma semana ao volante de um Honda 600 (claro que sem ar condicionado) Um dia tentei almoçar em Moura porque tinha um cliente para visitar depois do Almoço. O calor era tanto que o suor se misturava com o caldo do ensopado de Borrego. Tinha que esperar pelas 15 horas para visitar o tal cliente. Enquanto esperava tentei encontrar uma sombra. Lá encotrei um Chaparro, mas parece que ainda era pior. Depois de saír de Moura rumei a Beja. Calor à bruta. Ao passar por cima do Guadiana tive uma daquelas miragens tipo oásis no deserto. Não estive com meias medidas. Lá encontrei um acesso a uma das margens do rio e zuca vai de despir tudo (depois de me certificar de que não havia ninguem nas redondezas) e sai uma daquelas banhocas memoráveis. Pronto, a primeira e unica vez que fiz nudismo.
    Desculpe o tamanho (mas foi inspiração expontânea)
    Abraço
    Rodrigo

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  7. Bolas, Carlota, quando acabei de ler o post o ecrã estava embaciado!
    Magnífica e original escolha que certamente irá surpreender quem ainda não leu.
    Muito obrigado por ter aceite o desafio. Na quinta-feira farei o link
    Parabéns à Mãe, por este dia e por ter trazido ao mundo uma mulher com a sua sensibilidade.

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  8. Muito bonito o teu texto, muito emocionante. Acredita, Carlota, pode haver praias tão bonitas como a tua, mas descrita assim, com tanta alma, tanta genuinidade, com tanto de ti, não há praia mais bonita que a tua.

    Um beijo. Grande.

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  9. Cozinha dos Vurdóns.
    Não é necessário lavar o carro, basta lavar o pátio da minha casa. Quando lá anda o sr. D, parece que passou uma tempestade.eheheheh.

    5 Beijos para as estrelas mais brilhantes

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  10. Carlota,
    A sua praia é a mais original de todas.
    Porque, ao contrário de todas as outras, esta era mesmo sua.
    E ninguém lha pode tirar.
    Bjs

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  11. Folha Seca.
    Isto é que foi escrever, isso é que foi inspiração.
    Finalmente descobri quem foi o sr. que provocou calores, suores, calafrios a algumas senhoras que andavam na monda, perto do Guadiana à quase 30 anos. eheheheheh
    Caso muito falado na altura.

    Adorei o seu relato, se o contasse no seu blogue, podia ser que o sr. Crónicas do Rochedo o publicasse.

    Um abraço, Rodrigo (Folha Seca)

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  12. Carlos.
    Obrigado.
    A mãe saberá hoje a sua felicitação.
    Pensei alguns dias antes de escever este post, pois ia ler os post`s no seu blog e eu sem praia de verdade.
    Pois de facto, aquela será sempre a minha praia.
    Amanhã, aguardarei pelo post.
    Um abraço!!

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  13. JL.
    Aquela é a minha praia!! eheheh
    Fico contente por estares aqui.

    Beijo

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  14. Pedro.
    Minha. Só Minha e de mais ninguém, eheheheh

    4 Abraços!!!!

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  15. Não sei se é por ser do mesmo distrito que tu , mas a minha praia era igualinha à tua ! ahahhaha
    Que saudades!!!
    beijinho

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  16. Sandra.
    Uma praia privada. E que sabia tão bem.

    Beijo

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  17. Parabéns Carlota por esta belíssima, comovente e original história sobre a praia da tua/sua vida. A D O R E I ! ! !

    Já agora também quero agradecer ao "nosso" Carlos por nos proporcionar histórias como esta, com os seus concursos/desafios de Verão.

    Saudações de Düsseldorf longe da praia, com chuva e frio.

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  18. ematejoca.
    Agradeço a sau visita, espero que volte mais vezes.

    Uma praia original, mas era o que havia na altura.

    Ao Carlos só temos a agradecer. OBRIGADO!!!!

    Um beijo para Dusseldorf, e boas arrumações. Não arrume muito pois as visitas chegam, desarrumam tudo e no fim você vê o tempo que desperdiçou a fazer limpezas, quando podia estar a preparar surpresas para as visitas, algumas pequenas prendas feitas por si, eheheh (Uma pequena ideia, claro)

    Beijo!

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  19. Carlota, vim aqui ter através do Carlos e adorei a descrição da tua singular praia. Realmente tens razão, tal como o Natal é quando um homem quiser, a praia da nossa vida, é onde nós quisermos!
    Parabéns por este texto :)

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  20. Manuela.
    Agradeço a visita.

    Diz e muito bem, tal como o Natal é quando um homem quiser, até a praia da nossa vida é onde quisermos, e aquela posso mesmo dizer que é só minha. Nunca ninguém a desfrutou tão bem como eu. E o o que os olhinhos viam para além do horizonte?! A imaginação é fantástica...

    Beijo!

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  21. E eis-me aqui chegada pela "mão" do Carlos Barbosa (obrigada, Carlos).
    E gostei do blog, e gostei do post, e gostei, sobretudo, da sensibilidade que revela a escolha da tua praia.
    Transmitir essa vivência aos filhos é mais do que importante, penso ser fundamental.

    Abraço.

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  22. Subi o Rochedo e de lá avistei esta praia de memórias e sensações. Também à minha maneira usufrui de praias diferentes das tradicionais, sem areia, sem sal, sem ondas, mas com amor e carinho dos que viviam longe e das águas que banhavam o Rio Douro. Parabéns pelo emotivo texto.

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  23. Teresa Santos.
    Agradeço a visita.
    Fico feliz por ter gostado de "me conhecer", de conhecer o meu blogue.
    O meu filho (3 anos) sem saber da praia adora ir a casa da bisavó, se soubesse da mangueirada, já não quereria de lá sair.

    Abraço!

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  24. Paulofski.

    Como descrito por mim, nem todas as praias têm areia, mar, sal, ondas.

    Agradeço a visita.

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  25. Uma vez mais nos surpreendes com uma belissima "estória", levando aos meus tempos de infância em que passa as férias de verão em casa dos meus avós, no norte do pais bem perto do rio Douro... Não tinha uma praia tão bela como a tua, mas o tanque deles...Obrigado Carla e parabéns.

    Bjs

    Luis

    (para quando um pequeno livro?com pequenos contos onde nos maravilharás com as tuas pequenas, mas belissimas histórias)

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  26. Anónimo Luís.
    Obrigado pelas tuas palavras.
    As memórias da minha infância são mágicas, maravilhosas, com a presença de duas pessoas importantes. Deus quis que as outras duas não partilhassem da minha infância.

    Um livro, quem sabe um dia.
    Para isso, precisava pelo menos seis meses, só, abandonada, no meio do campo, eu, uns livros e um pc, ah claro, e comida, mas como é impossível é ir aproveitando os pequeníssimos momentos só, para ir reorganizando o meu "Delírios"

    Beijo!!

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