terça-feira, 24 de maio de 2011

Perder-me


O ar encontra-se sufocante.
O sol queima a minha pele. Sabe tão bem sentir o sol quente, abrasador no meu corpo, despido.
A varanda, defronte para o mar, tem-me servido de abrigo.
As tuas mãos têm sido o meu aconchego.
Ao longe, o céu escurece rapidamente. O vento levanta-se tão rápido. As minhas hastes esvoaçam ao sabor do vento.
Onde estás? Sinto-me perdida.
Olho em todas as direcções. Os meus olhos não te encontram. O meu ser não te sente.
Chove torrencialmente. O vento sopra forte. Não aguento mais!
Estou sem ar. Sufoco com este tempo húmido.
Desabo no chão, sem a tua protecção, sem o teu carinho.
A chuva molha o meu corpo, deixando as minhas raízes sem o chão que me alimenta.
O vento leva-me para longe.
Quero voltar.
Ao longe vejo a casa que me acolheu.
Onde estás neste momento??

10 comentários:

  1. neste momento pensativo
    vislumbro que o amor furtivo
    engana-me. Ó bandido
    não me faças ser tão sofrido
    quero viver
    a vida animal
    ser bobo como uma capivara
    que ama a água
    e mama a mágoa

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  2. Um amor que a todos engana
    Um amor que só a mim, me mata
    destrói, queima, fere
    Angustia no meu ser, rebelde
    Tem uns dias de alegria
    e outros que o mal, gere

    Um abraço de Portugal!!

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  3. Vamos lá a ver se consigo comentar aqui. Estou de regresso, mas tenho tido dificuldade em comentar em vários blogs.
    Quanto ao filme de hoje no Cr é dinamarquês e pouco conhecido: Ordet ( A Palavra9
    Não diga a ninguém que lhe dei a reposta :-))))
    Amanhã dou masi pormenoes lá no CR

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  4. Olá Carlos, claro que conseguiu comentar.
    Ninguém saberá que me deu a resposta, palavra de escuteira não, que nunca fui, mas palavra de Carlota, ai também não sou. Pronto tem a minha palavra eheheheh.

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  5. Carlota,
    Nao vou comentar em poesia porque sou incapaz de faze-lo.
    Em prosa: gostei!
    Abraco.

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  6. Estimada e Ilustre Poetisa,
    Estará a poetisa e Macau?
    pelo que pude ler, em sua varanda defronte ao mar, não será certamente a minha, e esta humidade também me afecta, mas estou aqui, neste magnifico sítio chamado Praia Grande.
    Adorei, podera eu saber escrever assim, mas 47 anos por terras do Oriente, o meu alentejano português, vai ficando cada dia que passa mais desactualidado.
    Um abraço amigo

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  7. Catarina: Obrigado pelas suas palavras.
    Seja em prosa os seus comentários!! eheheh

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  8. Mar do Poeta:
    Não estou em Macau não senhor. Gostaria de me perder pela Tailândia, mas Macau também seria interessante conhecer. Vou conhecendo através dos seus post´s, o que não é mau.
    O nosso Alentejo encontra-se perdido entre o verde e o amarelo das searas que ondeiam ao vento.
    Perto do mar, seria um sítio onde gostaria de morar, mas também gosto de morar, aqui...
    Um abraço deste Alentejo!!

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  9. Gostei do poema.
    E espreitei o comentário do Carlos.
    Fica só entre nós os 50 :)))

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  10. Pedro: eheheheh!!
    Mas não diga ao Carlos que viu a resposta.
    Estou a ver que o poema do comentário aos homensdopantano, tem muitos adeptos.
    :)

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