O dia acordou cinzento.
Cinzento, não. Negro, como a noite, mágico.
Quem me manda ter um trabalho para o qual tenho que me levantar de noite?.
Saí da cama, tomei um duche e bebi um copo de leite de fugida para não chegar tarde.
A brisa é fresca, o vento ondeia os meus cabelos. Afinal o dia sempre acordou cinzento. Ameaça desabar a qualquer momento.
Atravesso a rua deserta, só. Ouço a bater dos meus sapatos na calçada. Puxo as golas do casaco para cima. Está mais frio do que seria de esperar.
Vejo a paragem do autocarro ao fundo da rua.
Derrepente sinto um calor abrasador.
"Estou aqui" ouço murmurar. Volto-me rápido, não vejo ninguém. Páro, no meio da rua. Olho para as várias janelas dos prédios em redor, para os carros parados e ninguém, não vejo ninguém.
Sigo em frente. A rua vai ficando cada vez mais comprida, quanto mais ando, mais longe estou do meu destino.
"Estou aqui" ouço de novo.
"Quem és?" penso, um pouco assustada.
"Pensei que soubesses."
Continuo o meu caminho, abro um pouco o meu casaco, desabotoo a camisa. Sinto um calor. Apesar de estar uma aragem gélida, o meu corpo arde.
Começa a chover. Primeiro uma chuva miúda que vai engrossando rapidamente.
O meu corpo fica molhado, sinto a água escorrer na minha pele.
A chuva é tão intensa que mal consigo ver o que se passa à minha frente.
Sinto alguém chegar. Não consigo ver bem.
Pegas na minha mão, estás tão quente.
"Estou aqui" dizes de novo.
Vislumbro o teu rosto através da chuva.
Olhamo-nos por momentos. A chuva já não me importa, o vento gélido já nem o sinto.
"Estás aqui" digo.
Abraçamo-nos.
Ficamos assim no meio da rua.
Ao longe o autocarro passa.
Cinzento, não. Negro, como a noite, mágico.
Quem me manda ter um trabalho para o qual tenho que me levantar de noite?.
Saí da cama, tomei um duche e bebi um copo de leite de fugida para não chegar tarde.
A brisa é fresca, o vento ondeia os meus cabelos. Afinal o dia sempre acordou cinzento. Ameaça desabar a qualquer momento.
Atravesso a rua deserta, só. Ouço a bater dos meus sapatos na calçada. Puxo as golas do casaco para cima. Está mais frio do que seria de esperar.
Vejo a paragem do autocarro ao fundo da rua.
Derrepente sinto um calor abrasador.
"Estou aqui" ouço murmurar. Volto-me rápido, não vejo ninguém. Páro, no meio da rua. Olho para as várias janelas dos prédios em redor, para os carros parados e ninguém, não vejo ninguém.
Sigo em frente. A rua vai ficando cada vez mais comprida, quanto mais ando, mais longe estou do meu destino.
"Estou aqui" ouço de novo.
"Quem és?" penso, um pouco assustada.
"Pensei que soubesses."
Continuo o meu caminho, abro um pouco o meu casaco, desabotoo a camisa. Sinto um calor. Apesar de estar uma aragem gélida, o meu corpo arde.
Começa a chover. Primeiro uma chuva miúda que vai engrossando rapidamente.
O meu corpo fica molhado, sinto a água escorrer na minha pele.
A chuva é tão intensa que mal consigo ver o que se passa à minha frente.
Sinto alguém chegar. Não consigo ver bem.
Pegas na minha mão, estás tão quente.
"Estou aqui" dizes de novo.
Vislumbro o teu rosto através da chuva.
Olhamo-nos por momentos. A chuva já não me importa, o vento gélido já nem o sinto.
"Estás aqui" digo.
Abraçamo-nos.
Ficamos assim no meio da rua.
Ao longe o autocarro passa.
Um sonho bonito. Desejo-te que o possas rapidamente realizar. Um beijo.
ResponderEliminarHá sempre alguém que nos faz falta...
ResponderEliminarHá sempre alguém que nos acompanha...
Há sempre um sonho que ilumina a alma, a vida...
Há sempre alguém que nos dá a mão e nos faz sorrir, nos faz esquecer os momentos, mais cinzentos, mais tristes...
Há sempre alguém que está mesmo ali...ao lado...
Um leve bater de asas...
Luis