Ouço a chuva ao longe, vai-se aproximando.
Sinto as gotas, perto.
A terra aperta-me cada vez mais, remexe-se como que a lutar pela vida e o meu corpo sofre uma vez mais a sua revolta.
Cai uma gota, e outra. Entram pela terra como o sangue corre pelo nosso corpo. Uma correrria ao tentar chegar mais fundo. Estas passam bem perto, sinto a sua humidade, desfaleço.
Não desfaleças. Reergue-te enfrentando a vida. Esse amor que sentes, que te impulsiona e inspira, que te faz desesperar mas sobretudo sentir, só sobreviverá se for alimentado. Por isso, ergue-te e corre. Atrás. Eu já cá não estou. E tu nunca estiveste por lá. Um beijo.
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