(continuação)
O Inverno naquele ano tinha chegado mais cedo. As temperaturas geladas, a chuva ininterrupta há já vários dias, escurecia o seu dia, a sua vida.
Era dia da visita mensal do sr. Meireles. Com o tempo a preocupação de vestir o melhor fato, foi deixada de lado. Não estava com disposição de sair, mas tinha os livros para entregar, e nunca se tinha atrasado em tal compromisso. Olhou-se ao espelho, antes de sair. Uma madeixa branca teimava em revoltar seus longos cabelos castanhos. A pele macia, deixava as primeiras rugas ainda envergonhadas.
Pegou na sacola dos livros e saiu.
A chuva continuava a cair. Fechou o guarda-chuva. Adorava andar à chuva. Sentir as gotículas tocar o seu corpo. Pequenas gotas gelando o seu corpo. Naquele momento poderia ser quem queria, o seu pensamento voava para longe...
Não sabe quanto tempo terá andado à chuva. O sr. Meireles!?! Tinha que correr até à aldeia. Ainda lá estaria??
Ao longe avistou a carrinha. Estaria à sua espera? Ele não ficava assim tanto tempo.
-Sr. Meireles, desculpe. Sabe como eu sou. Adoro a chuva.
- O sr. Meireles não está. Estava à sua espera.
(continua)
Não podia deixar de ser. Está no sangue. Tinha que começar com livros.
ResponderEliminarOk menina Carlota.
Anónimo.
ResponderEliminarMais do que no sangue, está na alma.
Beijo