segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Amar-te

Quanto de ti a minha alma precisa?
Quanto do teu ser, o meu corpo adora
Procuro-te
Procuras-me

As folhas outonais vestem o chão, que meus pés descalços pisam.
As árvores dançam valsas ao som do vento. As suas folhas rodopiam, deixando-se cair no chão, como se fossem lábios a unir-se em mágicos beijos.
Chegas, calmamente.
O teu olhar feiticeiro, fascinante paraliza-me.
Deixo-me levar.
Para onde? Não sei. Apenas sigo os teus passos, como se estivessemos ligados num só tronco.
As ramagens, asperamente rasgam-me a pele.
Olhas-me de novo.
Nada dizes.
As tuas mãos tocam-me.
As roupas são arrancadas do meu corpo.
Os teus lábios saboreiam-me.
Amamo-nos intensamente.
O luar denuncia o adiantar da hora.
As folhas, essas, continuam rodopiando, agora tapando a nudez dos nossos corpos, que continuam unidos, como se fossem um só.
As árvores continuam a sua dança...

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