sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Noite de Luar

A noite encontra-se amena.
O luar nesta noite de Agosto encontra-se belo.
Encosto os cotovelos na mesa e com as mãos a segurar a minha cabeça, contemplo o mágico luar e assim me deixo ficar. Possivelmente até devo ter fechado os olhos um pouco.
Um mocho pia ao longe e quando os meus olhos se abrem, encontro-me rodeada de árvores bem altas, através das quais o luar se faz anunciar.
Percorro calmamente pela densa folhagem que se encontra no chão, da qual ouço o estalar de algumas folhas já secas.
Chego a uma clareira e deixo o luar denunciar a minha presença.
Olho em volta em busca de alguma presença, de alguma coisa que me indicasse onde estava, mas nada.
Sinto-me cansada. Refugio-me novamente no escuro e sento-me um pouco, contemplando a paisagem à minha frente. Uma densa área florestal circula um pequeno lago que se encontra esbatido por um mágico prateado, que a lua cheia deixa repousar no cimo da água.
E assim me encontro a contemplar esta mágica paisagem, quando Te vejo chegar. Olhas em volta e a tua roupa vai ficando caída pelo chão até chegares ao pequeno lago e nele entrares, desenhando pequenos círculos que ondeam à tua passagem.
Encolho as pernas até junto ao meu peito e fico a contemplar a tua passagem no pequeno lago. Não sei quanto tempo passou, possivelmente adormeci. Olhei em volta e já não estavas. Encontrava-me de novo encostada à mesa, no meu terraço, a observar a lua.
A meu lado repousava uma pequena flor.

3 comentários:

  1. Depois de um post com um "bicho" raro, um delicioso conto.
    São as tua palavras que me fazem sorrir, sonhar e querer continuar no mundo "criança". Onde tudo é perfeito, onde há sempre magia no ar...onde o reino da alegria, do amor, da felicidade não tem fim.
    Obrigado querida amiga
    Beijocas grandes
    e tem uma boa noite

    Luis

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  2. É tão bom, olhar o Luar de Agosto, porque gosto, porque dá gosto, e nunca nos dá desgosto.

    Lindo o seu post!

    Beijos com saudades luarentas!

    Raul

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  3. " ...
    E hoje, o que te hei de dar?
    Talvez o quarto da lua
    onde te vou encontrar
    quando na noite escura
    procuro o teu luar"

    Lídia

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